metropoles.com

Governo de SP anuncia aumento de 73% a salário de professores

Salário inicial será de R$ 5 mil, condicionado a uma mudança na carreira que terá avaliações periódicas de desempenho e desenvolvimento

atualizado

Compartilhar notícia

Fábio Vieira/Metrópoles
O Governador João Doria (PSDB), durante lançamento do programa Casa da Mulher em São Paulo 8
1 de 1 O Governador João Doria (PSDB), durante lançamento do programa Casa da Mulher em São Paulo 8 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (14/12) um aumento no salário inicial de professores da rede estadual de ensino no início da carreira. De acordo com o governo, o piso passará de R$ 2.886 para R$ 5 mil, para os docentes que trabalham 40 horas semanais.

O aumento, porém, está condicionado a uma mudança na carreira, que inclui avaliações periódicas de desempenho e desenvolvimento. Os professores já contratados poderão escolher se adotarão o novo modelo ou não. Com o novo modelo, acabam as gratificações e bônus que existem atualmente.

Hoje, a rede estadual tem 190 mil professores, o salário inicial é o piso nacional, de R$ 2.886, e os professores fazem provas de periodicamente para avançar na carreira e aumentar o salário, mas as provas medem as mesmas habilidades em todas as fases.

Agora, haverá provas de desempenho e desenvolvimento diferentes a depender do nível de experiência do docente. No primeiro exame, serão avaliados como o professor dá aulas, conhecimentos teóricos e práticos.

Já o desenvolvimento está atrelado a cursos de formação, que serão oferecidos pelo próprio governo do estado ou por instituições autorizadas. Em determinados níveis de carreira, o professor só poderá aumentar seu salário se concluir determinada carga horária de cursos de formação.

Já a conclusão de mestrados e doutorados vai aumentar em 3% ou 5% o salário dos professores em quaisquer fases da carreira. Os mestrados e doutorados profissionais vão dar 5% de reajuste, enquanto os acadêmicos, 3%.

O salário máximo poderá chegar a R$ 13 mil, o que, segundo o secretário do Educação, Rossieli Soares, deverá ocorrer entre 30 a 35 anos de carreira.

“Serão diversos modelos de cursos que serão ofertados pelas próprias secretarias. Hoje o professor faz uma prova de avaliação de desempenho, se ele vai bem, a próxima prova é a mesma coisa. Deveríamos estar medindo coisas distintas em etapas distintas da carreira”, afirmou Soares.

A proposta de aumento será enviada à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp) em janeiro, e depende de aprovação dos deputados estaduais para virar lei.

Compartilhar notícia