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Governo diz que vai bloquear R$ 1,5 bi no orçamento e amplia previsão de rombo nas contas

Indicação de bloqueio e nova projeção de rombo (de R$ 145,4 bilhões) foram apresentadas em relatório divulgado nesta sexta-feira (21/7)

atualizado

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Foto colorida de visão geral da Esplanada dos Ministérios, em Brasília
1 de 1 Foto colorida de visão geral da Esplanada dos Ministérios, em Brasília - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O governo federal apontou nesta sexta-feira (21/7) um bloqueio adicional de R$ 1,5 bilhão no Orçamento anual de 2023 e aumentou a projeção de rombo nas contas públicas. Em maio, o governo havia decidido bloquear R$ 1,7 bi. Com isso, o total contingenciado no ano é de R$ 3,2 bilhões.

Um decreto deverá ser assinado nos próximos dias para confirmar o bloqueio. O governo ainda não anunciou quais ministérios serão atingidos.

Bloqueios no orçamento são feitos para cumprir o teto de gastos públicos. Essa regra de controle – que foi instituída na gestão Michel Temer (MDB) e permanece em vigor – impede o crescimento das despesas acima da inflação do ano anterior.

Os bloqueios ocorrem após aumento na projeção de despesas obrigatórias. Como o próprio nome já diz, esse termo inclui gastos que o governo não pode deixar de fazer, como, por exemplo, o pagamento dos benefícios previdenciários e assistenciais e o salário do funcionalismo.

No primeiro semestre, Câmara e Senado votaram o novo marco fiscal, proposta do governo Lula para substituir o teto de gastos. Como senadores fizeram alterações no texto, os deputados irão analisar as mudanças em nova rodada de votação, que deverá ocorrer em agosto, após o recesso legislativo.

Déficit

A estimativa de déficit primário (o rombo nas contas públicas) neste ano subiu de R$ 136,2 bilhões para R$ 145,5 bilhões, o que equivale a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

O déficit ocorre quando as despesas superam as receitas. Estão descontados do cálculo os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

Apesar do aumento, esse valor ainda está abaixo da meta fiscal para 2023, que indica déficit primário de R$ 238 bilhões (2,2% do PIB).

Os números constam no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre, divulgado nesta sexta pelos ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda.

Segundo a secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, o governo mantém a perspectiva de déficit primário de 1% do PIB em 2023.

Ela explicou que o “ligeiro aumento” no déficit do 2º para o 3o bimestre se deveu, em grande medida, ao pagamento do acordo de compensação a estados e municípios pelas perdas de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) causadas pela desoneração de combustíveis no governo Jair Bolsonaro.Foram R$ 4,6 bilhões.

“Nada muda em relação à trajetória que foi pensada. Permanece essa expectativa a ser alcançada de déficit em torno de 1% do PIB”, disse Varga.

Revisão dos parâmetros

No relatório, o governo também revisou os parâmetros macroeconômicos. A estimativa para o PIB ao fim do ano passou de 1,9% para 2,5%.

Já a projeção para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 5,6% para 4,8%. Essa revisão se aproxima do teto da meta.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% (piso) e 4,75% (teto).

Inflação pode terminar 2023 dentro do limite da meta, diz secretário da Fazenda

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