O Tribunal do Júri de Goiânia condenou, na terça-feira (13/9), uma mulher de 52 anos que se tornou ré pela morte da esposa do ex-marido a facadas na frente da filha da vítima, na capital. Luzia Helena Vilanova segue no presídio, onde vai aguardar o recurso contra a pena de 12 anos de prisão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado.
O crime, de acordo com o processo, foi praticado em 1997. Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Luzia Helena ficou mais de duas décadas foragida até ser presa em Mato Grosso do Sul.
Segundo os autos, Luzia Helena tinha dois filhos com o ex-marido e tentava receber pensão alimentícia. Em abril de 1997, ela foi à casa do ex-marido. A vítima, Degmar Gomes Barbosa, estava casada com o antigo marido de Luzia e não gostou de a mulher ter ido à residência deles.
As duas discutiram, mas, segundo a denúncia, Luzia foi embora. O MP-GO informou que, quatro dias depois, Luzia voltou com uma faca e atacou Degmar. A filha da vítima, que na época tinha 8 anos, viu a mãe ser esfaqueada e foi pedir ajuda aos vizinhos. Degmar, contudo, não resistiu aos ferimentos.
Depois do crime, Luzia fugiu. Em setembro de 1998, a Justiça decretou a prisão dela, mas a mulher não foi localizada até junho de 2021. Logo após ser presa, a defesa tentou pedir a liberdade dela, alegando que a ré tinha endereço fixo, já tinha constituído uma nova família e estava com problemas de saúde.
No entanto, o pedido foi negado pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Na decisão, o magistrado considerou que, devido ao tempo que ficou foragida, caso fosse libertada, haveria o risco de prejudicar o julgamento.
A mulher foi julgada por homicídio qualificado, devido ao motivo fútil do crime. No júri, a defesa de Luzia pediu que fosse desconsiderado o motivo fútil, mas os jurados não aceitaram.