Goiânia: mulher é condenada a 12 anos de prisão por matar esposa do ex

Decisão do júri popular de Goiânia foi proferida 25 anos depois do crime, praticado com faca. Defesa da ré vai recorrer da decisão

atualizado 14/09/2022 12:45

Ilustração/Freepik

O Tribunal do Júri de Goiânia condenou, na terça-feira (13/9), uma mulher de 52 anos que se tornou ré pela morte da esposa do ex-marido a facadas na frente da filha da vítima, na capital. Luzia Helena Vilanova segue no presídio, onde vai aguardar o recurso contra a pena de 12 anos de prisão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado.

O crime, de acordo com o processo, foi praticado em 1997. Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Luzia Helena ficou mais de duas décadas foragida até ser presa em Mato Grosso do Sul.

Segundo os autos, Luzia Helena tinha dois filhos com o ex-marido e tentava receber pensão alimentícia. Em abril de 1997, ela foi à casa do ex-marido. A vítima, Degmar Gomes Barbosa, estava casada com o antigo marido de Luzia e não gostou de a mulher ter ido à residência deles.

As duas discutiram, mas, segundo a denúncia, Luzia foi embora. O MP-GO informou que, quatro dias depois, Luzia voltou com uma faca e atacou Degmar. A filha da vítima, que na época tinha 8 anos, viu a mãe ser esfaqueada e foi pedir ajuda aos vizinhos. Degmar, contudo, não resistiu aos ferimentos.

Depois do crime, Luzia fugiu. Em setembro de 1998, a Justiça decretou a prisão dela, mas a mulher não foi localizada até junho de 2021. Logo após ser presa, a defesa tentou pedir a liberdade dela, alegando que a ré tinha endereço fixo, já tinha constituído uma nova família e estava com problemas de saúde.

No entanto, o pedido foi negado pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Na decisão, o magistrado considerou que, devido ao tempo que ficou foragida, caso fosse libertada, haveria o risco de prejudicar o julgamento.

A mulher foi julgada por homicídio qualificado, devido ao motivo fútil do crime. No júri, a defesa de Luzia pediu que fosse desconsiderado o motivo fútil, mas os jurados não aceitaram.

Mais lidas
Últimas notícias