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GO: polícia descarta uso de pesticida no envenenamento de mãe e filho

Apesar de descartar os pesticidas, polícia goiana mantém a tese de que vítimas foram envenenadas e busca outras substâncias

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Foto colorida de mãe e filho que morreram envenenados após comerem um doce em Goiânia - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mãe e filho que morreram envenenados após comerem um doce em Goiânia - Metrópoles - Foto: Reprodução

Goiânia – A Polícia Civil de Goiás descartou o uso de pesticidas no envenenamento de mãe e filho que morreram no último final de semana, após um café da manhã com a ex-nora de uma das vítimas, presa como principal suspeita do crime. Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, morreram após sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais.

Agora, a investigação busca novas substâncias que possam ter causado a morte dos dois. Segundo a polícia, a advogada Amanda Partata, de 31 anos, ex-namorada do filho de Leonardo, cometeu o duplo homicídio após se sentir rejeitada com o fim do relacionamento. 

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De acordo com o perito criminal e integrante da divisão de comunicação da Polícia Científica, Olegário Augusto, os pesticidas são moléculas maiores e, por isso, são mais fáceis de serem detectadas. Segundo ele, já foi feita uma pesquisa inicial e cerca de 300 pesticidas foram descartados.

Em coletiva de imprensa, realizada no último dia 21, Olegário declarou que era possível afirmar que mãe e filho foram envenenados pelas características da morte e também por eliminação, já que não foi uma intoxicação alimentar ou infecção bacteriana.

A suspeita foi presa temporariamente na noite de quarta-feira (20/12) e passou pela audiência de custódia na quinta (21/12). À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime.

Em nota, os advogados dela disseram que aguardam o desenrolar de investigações antes de comentarem sobre as acusações. Eles contestam a legalidade da prisão e destacam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde.

Relembre o caso

O caso começou a ser investigado no último dia 18, após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa da vítima afirma que o marido passou mal após comer um doce. Conforme o documento, Leonardo, Luzia e a própria Amanda, que estaria grávida, teriam comido o alimento na manhã do dia 17, durante um café da manhã na casa das vítimas.

Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir sintomas como dores abdominais, vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram.

Após a suspeita cair sobre uma famosa doceria, também citada no B.O., órgãos competentes vistoriaram o local e um lote de produtor chegou a ser recolhido, no entanto, foi descartada qualquer falha ou participação da empresa no ocorrido.

Café da manhã

Uma foto mostra a advogada na mesa de café da manhã no dia em que o ex-sogro e a mãe dele morreram em Goiânia. A imagem mostra Amanda sorrindo ao lado da mesa com bolos de pote, sacolas e uma garrafa de suco.

O delegado responsável pela apuração do caso, Carlos Alfama, acredita que a mulher colocou veneno no suco servido para as vítimas. Segundo Alfama, a advogada disse que comeu os bolos, mas ao ser questionada se tomou o suco, ela “travou”. “Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido”, afirmou o delegado.

A polícia afirma que Amanda ficou na casa entre 9h e 12h. Ela foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco de uva e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia.

Estavam na casa: Leonardo , pai do ex-namorado; Luzia, avó do ex-namorado; e o marido de Luzia. Destes, apenas o último familiar não tomou o café da manhã.

Ainda de acordo com a polícia, a jovem não está grávida.

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