Genocida: MP sugere trancamento da investigação contra Felipe Neto
Carlos Bolsonaro havia pedido abertura contra o influencer Felipe Neto, por ele ter chamado o presidente da República de “genocida”
atualizado
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Felipe Neto, youtuber e influenciador, comemorou no Twitter o parecer do Ministério Público do Rio de Janeiro, que pede o trancamento da investigação contra ele, no caso em que ele chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “genocida”.
A queixa-crime foi aberta pelo filho “02” do chefe do Executivo federal, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
No documento, o promotor de justiça Guilherme Semeghin indicou “flagrante ilegalidade praticada pela autoridade coatora” e indicou a concessão de um habeas corpus.
Veja o post:
🚨 VITÓRIA 🚨
Promotor de Justiça acaba de opinar a favor do Habeas Corpus e o TRANCAMENTO da investigação policial contra mim por chamar o Presidente de “genocida”.
Deixou claro se tratar de “flagrante ilegalidade praticada pela autoridade coatora”.
Bjo @CarlosBolsonaro pic.twitter.com/RkWxiBVBO7
— Felipe Neto (@felipeneto) May 3, 2021
Ainda é necessário que a juíza Gisele Guida de Faria, da 38ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, acate o parecer do Ministério Público.
Na semana passada, o delegado Pablo Sartori, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) encaminhou à juíza a investigação aberta a partir de denúncia de Carlos Bolsonaro em 10 de março.
Carlos alegou que Felipe praticou o crime de calúnia, previsto na Lei de Segurança Nacional e no Código Penal, ao postar um vídeo do presidente Jairo Bolsonaro (sem partido) junto à palavra “genocida”.
“O procedimento está suspenso por ordem judicial. A juíza é quem vai decidir se arquiva, encaminha à Justiça Federal ou determina a continuidade das investigação”, afirmou Sartori.
Carlos Bolsonaro entrou com uma queixa-crime contra o youtuber Felipe Neto e a atriz Bruna Marquezine no dia 12 de março. O vereador acusou Felipe Neto e Bruna Marquezine de calúnia.
Ao anunciar a abertura da queixa-crime, Carlos Bolsonaro citou trecho do artigo 138 do Código Penal, que define pena de seis a dois anos de prisão a quem “caluniar alguém” e para quem propagar a “falsa imputação”.