General Villas Bôas é internado em hospital de Brasília

O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, foi internado na manhã desta quarta-feira (25/4) no Hospital Santa Helena, em Brasília. A unidade de saúde confirmou a entrada do militar às 6h. O militar tem 66 anos e sofre de uma doença neuromotora de caráter degenerativo.

O Comando do Exército informou, por meio de nota, que Villas Bôas foi internado para realizar um procedimento gástrico eletivo e tem previsão de alta ainda para esta quarta (25). Segundo as Forças Armadas, o general deverá retornar na quinta (26) às suas atividades normais.

Em março do ano passado, o militar revelou, durante entrevista ao programa Comandante Responde, sofrer da doença responsável por comprometer seus movimentos. “É uma doença neuromotora de caráter degenerativo, que me trouxe algumas limitações, como dificuldade para caminhar, e isso me tira um pouco da mobilidade”, afirmou. Hoje, o general se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas.

Nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff, o general comanda o Exército desde 2015. De lá para cá, foi protagonista de declarações e posicionamentos políticos polêmicos, como uma postagem realizada em seu perfil no Twitter às vésperas do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), no início de abril.

O general escreveu: “O Exército brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição e se mantém atento às suas missões institucionais”. A declaração provocou mal-estar no Palácio do Planalto e em setores do Judiciário.

Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.

— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) April 3, 2018

Villas Bôas é um crítico da intervenção federal no Rio de Janeiro. A medida colocou quadros do Exército à frente das operações de segurança pública do estado. “Estou otimista e preocupado, confesso que muito preocupado pela incerteza de que vamos atingir todos os objetivos, mas a nossa determinação é sair e deixar o legado de uma mudança nas estruturas, de forma que elas tenham condições por si só. Não serão solucionados nesses 10 meses restantes, isso vai ter de prosseguir”, assinalou o general durante um evento em março deste ano.

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