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Ganhador da Mega-Sena pagou dívida de pensão à filha, diz advogado

Altamir José da Igreja teve a prisão decretada por não pagar pensão alimentícia à filha com microcefalia. Ele devia R$ 230 mil

atualizado

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O advogado de defesa do aposentado Altamir José da Igreja afirmou, na tarde desta quarta-feira (24/11), que o cliente pagou a dívida de pensão alimentícia de R$ 230 mil à filha com microcefalia.

Altamir já ganhou uma bolada milionária da Mega-Sena e teve a prisão decretada pela comarca de Tangará (Santa Catarina) por não pagar a pensão.

“A dívida foi paga na manhã de hoje [quarta-feira, 24 de novembro]. O senhor Altamir conseguiu um empréstimo com terceiros e quitou o valor”, relatou o advogado Rodrigo Scarton, em conversa com o Metrópoles.

O ganhador do prêmio da Mega-Sena de 2007 devia pensão à filha desde agosto de 2019.

Tramitou na Justiça, por quase sete anos, uma disputa para definir a quem pertencia o prêmio milionário. No embate, estavam Altamir e outro homem, um ex-funcionário dele. Em 2014, eles entraram em acordo e dividiram a bolada de R$ 27 milhões da premiação, que, corrigidos à época, ultrapassaram os R$ 40 milhões.

Altamir já foi preso em 15 de julho de 2019, segundo apurou o Metrópoles.

Na ocasião, ele devia R$ 54,1 mil de pensão alimentícia à filha. No dia seguinte à sua prisão, o aposentado resolveu pagar a dívida e, portanto, foi posto em liberdade.

No dia 22 do mesmo mês, Altamir prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Tangará. Ele relatou ter investido o valor ganho na Mega-Sena, disse passar por “dificuldades financeiras” e assegurou jamais ter deixado de prestar sustento à filha – mesmo devendo R$ 54,1 mil de pensão alimentícia à época. O Metrópoles teve acesso ao interrogatório.

O milionário também disse não entender o motivo pelo qual a filha necessita do valor atribuído como pensão, pois a herdeira frequenta a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) diariamente e “almoça na escola”.

“Desde o mês de fevereiro de 2019, o depoente estava negociando o valor da parcela a ser paga a título de pensão alimentícia, uma vez que havia sido fixada em sete salários mínimos. Durante esse tempo de negociação, o depoente depositava mensalmente a quantia de R$ 2.994”, registra o documento da Delegacia de Polícia de Tangará.

“O valor que ainda não quitou ainda está negociando. Já ofertou um terreno em garantia dos valores devidos, porém a mãe […] não aceitou”, prossegue, no depoimento.

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