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Fux suspende decisão que impediu fotógrafo da EBC de cobrir CPMI

Fux atendeu ao pedido de liminar feito pela defesa do profissional, que foi descredenciado presidente da comissão, deputado Arthur Maia

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Hugo Barreto/Metrópoles
Arthur Maia (União - BA) durante depoimento de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro
1 de 1 Arthur Maia (União - BA) durante depoimento de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (6/9) suspender a decisão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas que impede o fotógrafo Lula Marques, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), de cobrir os trabalhos do colegiado.

Fux atendeu ao pedido de liminar feito pela defesa do profissional, que foi descredenciado para acompanhar os trabalhos da comissão pelo presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA).

Na decisão, o ministro escreveu que a decisão da CPMI foi desproporcional.

“Constato elementos que indicam que os atos coatores aparentemente são desproporcionais à conduta do impetrante, que deve ser autorizado a exercer plenamente a sua profissão e as suas liberdades comunicativas – o que é basilar num Estado Democrático de Direito – mas responde, na forma da lei, pelos ilícitos que vier a praticar”, decidiu Fux.

Conversas flagradas

No mês passado, o presidente da CPMI determinou descredenciamento do profissional após Marques fotografar as conversas do senador Jorge Seif (PL-SC) com uma jornalista no dia em que foi realizada a operação da Polícia Federal contra Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que trabalha no escritório político de Seif, em Santa Catarina. A justificativa foi o suposto descumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A foto foi feita durante reunião pública da comissão, que é transmitida pela internet e pelos canais de televisão, e acompanhada por outros profissionais de imprensa, parlamentares e seus assessores.

Após tomar conhecimento da publicação, Arthur Maia determinou o descredenciamento sob alegação de invasão de privacidade dos parlamentares. Nesta semana, mesmo após apelo pela revogação da decisão feito pelo presidente da EBC, Helio Doyle, e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o presidente manteve o descredenciamento.

Com informações da Agência Brasil.

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