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“Foi uma retaliação às mortes no Amazonas”, afirma governador do RN

Robinson Faria (PSB) minimizou as responsabilidades do governo estadual e disse que não há como “adivinhar o que acontece no presídio”

atualizado

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robinson faria governador rio grande do norte RN
1 de 1 robinson faria governador rio grande do norte RN - Foto: Divulgação

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSB), disse na terça-feira (17/1), em Brasília que as mortes de 26 presos durante rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no fim de semana, foi uma retaliação ao “conflito” entre facções no Amazonas.

Para Faria, o massacre de 56 detentos em Manaus, no início do ano, desencadeou uma “onda de sadismo” em outros estados.

Faria tentou minimizar as responsabilidades do governo estadual e afirmou que o Estado “não pode adivinhar o que acontece dentro do presídio”. “Até hoje, nunca tinha havido um confronto dentro dos presídios entre PCC e Sindicato do Crime RN. Virou uma guerra. Essa briga não é do Rio Grande do Norte, é uma retaliação ao que aconteceu no Amazonas, é uma vingança que aconteceu no meu Estado, infelizmente”, afirmou, após encontro com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Apesar de novo motim na terça-feira, em Alcaçuz, e das cenas de presidiários de facções diferentes formando barricadas a poucos metros uns dos outros, o governador disse que o Estado tem controle da situação.

“Eles quebraram o pavilhão 5, onde estava o PCC, estão no telhado e o que podemos fazer? Vamos entrar e matar os presos? Não vamos fazer isso. Temos de dar segurança à população que está do lado de fora.

Segundo Faria, a área no entorno do presídio está cercada por policiais para evitar uma eventual fuga em massa.

Transferências
O governo do Rio Grande do Norte já transferiu seis líderes do PCC e, segundo o governador, outros quatro também deverão ser levados para presídios federais. “Quando retirar os líderes, vai enfraquecer, mas a guerra continua”, disse.

De acordo com o governador, ao encampar a ação pela retirada dos líderes da facção paulista, as autoridades do Rio Grande do Norte foram ameaçadas. “Disseram que iam tocar fogo em Natal. Na terça-feira, 17, o PCC disse que ia emparedar o Estado. Não vamos recuar”.

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