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FMI: fechamento de escolas na pandemia fará diminuir renda no Brasil

Segundo o Fundo Monetário Internacional, a falta do aprendizado decorrente da crise da Covid-19 deve diminuir a renda brasileira em até 9,1%

atualizado

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Divulgação/Prefeitura de Vitória
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1 de 1 Imagem mostra crianças tendo aula em uma escola no Brasil - Metrópoles - Foto: Divulgação/Prefeitura de Vitória

O fechamento das escolas durante a pandemia fará com que o Brasil seja, entre as maiores economias do globo, um dos países que mais perderam renda, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com a organização, caso não seja suprida a falta do aprendizado completo decorrente da crise da Covid-19, a renda média brasileira pode cair em 9,1% ao longo da vida.

O Brasil ocupa o terceiro lugar na lista dos piores casos, atrás da Indonésia, com perda de 9,7%, e México, com 9,9% de prejuízo. As informações foram divulgadas em relatório do FMI. O documento explica que o impacto da pandemia na educação não tem precedentes. E os efeitos na economia, como desigualdade de renda, deixarão sequelas longas.

“Se não for abordado, o consequente impacto no capital humano reduzirá os níveis de qualificação e a produção agregada nas próximas décadas —com maior desigualdade”, diz o documento.

O fechamento das escolas gerou efeitos mensuráveis nos alunos. De acordo com o FMI, várias das 20 maiores economias notaram queda substancial nos testes de desempenho, além da queda de matrículas em todos os níveis de ensino e da evasão escolar.

A geração de estudantes afetados deverá alcançar os 40% da população economicamente ativa do G20 nas próximas décadas. Sem qualificação, a renda dessa população será menor e o crescimento do país a longo prazo deve murchar, caso os governos não invistam em ações públicas para amenizar esses efeitos, diz o FMI.

A menor qualificação pode aumentar o mercado de trabalho informal, e a população mais pobre, sem aprendizado, pode ser vítima de uma desigualdade que tende a aumentar. O relatório não considera efeitos secundários, como a menor oferta de empregos. Por isso, as previsões do rendimento dos trabalhadores podem estar subestimadas.

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