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Flow confirma desligamento de Monark em live com professor judeu

O apresentador Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, participou de sua última live no Flow Podcast na noite desta terça-feira (8/2)

atualizado

Reprodução/YouTube
Homens sentados em mesa de madeira com quadro ao fundo escrito Flow

O apresentador Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, participou de sua última live no Flow Podcast na noite desta terça-feira (8/2). Ele foi desligado após defender a criação de um partido nazista no Brasil.

O podcast desta noite contou com a presença do professor André Lajst, que é judeu, doutorando em ciências políticas e palestrante. Na ocasião, ele pontuou que o nazismo não perseguiu apenas judeus, mas também grupos como negros e gays, e enfatizou que este tipo de declaração não é aceitável.

“Existe a legislação no Brasil, existe conscientização, mas tem que sempre continuar a fazer mais. Porque quanto mais gente souber disso, mais pessoas jamais concordariam com a ideia de que seria ‘ok’ um partido nazista participar do debate democrático e de eleições no Brasil. Não é ‘ok’ em nenhuma instância isso”, comentou o professor.

Um dos podcasts com maior audiência do Brasil, o Flow era composto por Monark e por Igor Coelho (Igor 3K), que são sócios. Na live, Igor anunciou que comprará a parte de Monark e que o podcast continuará sem ele. “Esse é o último programa do Monark aqui comigo nessa mesa”, disse.

Na transmissão, Monark voltou a dizer que foi mal entendido e novamente pediu desculpas pela declaração.

Veja o primeiro pedido de desculpas de Monark, antes ainda da live desta noite:

PGR investiga

O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou nesta terça-feira (8/2) que seja instaurado procedimento a fim de apurar a prática de crime de apologia ao nazismo pelo deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP) e pelo agora ex-apresentador do Flow Podcast, Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark.

Conforme representações apresentadas ao Ministério Público Federal (MPF), durante uma entrevista para o programa, que é exibido pela internet, o apresentador defendeu a legalidade de um partido nazista no Brasil. Já o parlamentar afirmou que foi um erro a Alemanha ter criminalizado o nazismo.

O teor das declarações será analisado pela assessoria criminal de Augusto Aras em função de o caso envolver parlamentar com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal (STF).

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