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“Fiquei com medo”, diz jovem atacada com mordida na academia em Goiás

Dentista mordeu braço de mulher de 24 anos com força e ainda saiu rindo, segundo a vítima. “Estava muito assustada, não tive reação”

atualizado

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Reprodução
mordida academia rio verde goias
1 de 1 mordida academia rio verde goias - Foto: Reprodução

Goiânia – Uma jovem de 24 anos passou por uma situação assustadora e inusitada no último dia 16 de março. Ela estava no primeiro dia em uma academia de um bairro nobre de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, quando foi atacada por um outro frequentador da academia, que mordeu a jovem com força no braço.

“Eu estava aguardando para fazer exercício, quando senti uma pessoa atrás de mim. Achei que estava atrapalhando a passagem. No que pedi desculpas por atrapalhar a passagem, ele veio e me atacou”, contou ao Metrópoles a jovem de 24 anos, que foi orientada a não se identificar.

Veja o vídeo:

O homem responsável pela agressão é o dentista Eduardo Furquim Silva. Ele deixou de frequentar a academia depois desse episódio de agressão e é investigado pela Polícia Civil por lesão corporal. Segundo a vítima, o agressor pediu desculpas logo depois da mordida, mas ficou rindo.

“Ele falava desculpas e ria, como se estivesse brincando. (…). Eu estava muito assustada, não tive reação. Só falava ‘Ele me mordeu’ e passava a mão no braço, sem acreditar no que aconteceu”, relatou a jovem.

Era o primeiro dia dela na academia localizada no setor Morada do Sol, região sudoeste de Rio Verde.

Dolorido

A vítima ficou com uma marca vermelha no braço, no formato dos dentes do agressor, dando uma ideia da força da mordida. Ela disse que ficou com o braço dolorido durante três dias. Um dia após a agressão, a jovem fez um boletim de ocorrência.

“No primeiro dia, eu fiquei com medo. Vai que ele volta e faz alguma coisa comigo? Eu não queria ir à delegacia. Eu fui porque minha mãe e meu namorado me acompanharam. (…). Eu acredito que ele deve responder pelo que fez. Se ele ficar sem responder pelo crime, vai fazer novamente outras vítimas. As mulheres tem que denunciar sim, não pode ter medo”, defendeu a jovem.

O caso está sendo investigado pela delegada Taísa Antonella e o inquérito deve ser concluído ainda nesta semana. Em seu depoimento esta semana, conforme a delegada disse ao Metrópoles, o dentista preferiu permanecer em silêncio.

A reportagem tenta localizar a defesa de Eduardo Furquim. O espaço segue aberto para manifestações.

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