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Farra sexual: juiz afirma que presos são de “altíssima periculosidade”

Chefes de facção criminosa no Rio de Janeiro pagaram propinas de até R$ 3 mil para receber visitas íntimas em Bangu 4, em novembro de 2021

atualizado

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Divulgação/Agência brasil
Presídio de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro
1 de 1 Presídio de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro - Foto: Divulgação/Agência brasil

Rio de Janeiro – O juiz da Vara de Execuções Penais, Bruno Monteiro Ruliére, afirmou, na decisão que autoriza a investigação que apura a “farra sexual” na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), no dia 23 de dezembro, que presos envolvidos são de “altíssima periculosidade”.

Entre os criminosos citados estão: Marcelo Santos das Dores, o Menor P, chefe do tráfico do Complexo da Maré; Anderson da Silva Verdan, o Bamba, chefe do tráfico do Para Pedro, em Colégio, e Thiago de Souza Cheru, o Dorei, gerente do Complexo de São Carlos.

Além de permitir a investigação do caso, Ruliére determinou a exoneração do diretor e do subdiretor da unidade na terça-feira (11/1). O magistrado também decidiu que todos os servidores que estavam no estabelecimento penal no dia (entre 9h e 17h, horário em que a orgia aconteceu) devem ser realocados em outras unidades prisionais, bem como estão proibidos de entrar em Bangu 4.

“Presos VIPs”

De acordo com a denúncia, “presos VIPs” puderam pagar R$ 3 mil cada para ter acesso às visitas íntimas de mulheres. A visita irregular, que ultrapassa os protocolos, reuniu pelo menos 15 mulheres no Complexo de Gericinó.

Policiais penais e servidores de cargos de comando são investigados por suspeita de terem recebido propina para autorizar os encontros em 9 alojamentos.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) informa que a Corregedoria do órgão instaurou, em 4/1, procedimento de apuração para investigar as irregularidades.

“Nesta terça-feira (11/01), diretor, subdiretor e chefe de segurança da unidade foram exonerados e nove presos suspeitos de estarem envolvidos no caso foram transferidos para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1)”, diz o texto.

Confira os presos que já foram identificados na denúncia: 

  1. Marcelo Santos das Dores , o Menor P, chefe do tráfico do Complexo da Maré;
  2. Anderson da Silva Verdan, o Bamba, chefe do tráfico do Para Pedro, em Colégio;
  3. Thiago de Souza Cheru, o Dorei , gerente do Complexo de São Carlos;
  4. Thiago Rodrigues da Silva, o TH ou Gordão, gerente da Favela da Quitanda, em Costa Barros;
  5. Luís Alberto Santos de Moura, o Bob, chefe do tráfico do Caju;
  6. Luís Augusto Ribeiro Campos, o Tribolado, gerente da Cidade Alta;
  7. Juliano, o Juliano da Vila, gerente da Vila aliança, em Bangu;
  8. Emerson Brasil da Silva, o Raro, chefe do tráfico do Morro da Pedreira, em Costa Barros;
  9. Dourado, maior matuto do Paraná, que está na galeria de TCP por ser amigo e fornecedor do Capilé, do Acari.

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