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Empresário confirma desvio de dinheiro para campanha de Luciano Bivar

Sem saber que a conversa era gravada, Luiz Claudio Cordeiro admitiu que devolveu R$ 30 mil ao presidente do PSL

atualizado

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Valter Campanato/Agencia Brasil
LUCIANO BIVAR
1 de 1 LUCIANO BIVAR - Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil

O empresário Luiz Claudio Cordeiro Palhares Junior confirmou participação em um esquema de corrupção destinado a desviar verba pública para a campanha de Luciano Bivar (PSL) nas últimas eleições. O negócio dele prestou serviço ao atual presidente do partido, candidato a deputado federal no último pleito, segundo noticiou a Folha de S.Paulo.

Sem saber que a conversa era gravada por um outro político, Luiz Claudio afirmou que devolveu a Bivar R$ 30 mil declarados como gasto eleitoral. A Folha teve acesso à gravação e, no áudio, o empresário explicou que rodou R$ 8 mil em materiais gráficos, mas a nota emitida foi no valor de R$ 38 mil.

Na prestação de contas de Luciano Bivar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consta o pagamento no valor de R$ 41.602,68 a Collossu’s Empreendimentos, de Luiz Claudio. Desse total, R$ 36.176,25 foram de serviço e R$ 5.426,43 de imposto.

“Ele fez um material dele, com uma marca dele também ‘Bob Esponja apoia Luciano’ e ele só fez R$ 8 mil, só que na nota eu justifiquei R$ 38 (mil) para ele pegar os R$ 30 mil, entendeste?”, detalha no áudio a que o jornal teve acesso.

Luiz Claudio foi procurado pelo veículo e, inicialmente, alegou desconhecer a conversa. Depois, admitiu ter falado sobre o assunto, mas não confessou nenhuma irregularidade. Segundo o empresário, se mencionou a quantia de R$ 8 mil, ainda faltava rodar o restante, pois a nota era de R$ 42 mil.

Denúncias
No início deste mês, o jornal denunciou um esquema de desvio de dinheiro do Fundo Eleitoral dentro do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Em Pernambuco, uma suposta candidata laranja recebeu R$ 400 mil de verba pública nas últimas eleições, mas teve somente 274 votos.

A situação se repetiu entre concorrentes pela legenda em Minas Gerais. Uma ex-candidata disse ao Ministério Público que foi pressionada por assessores do ministro do Turismo de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, a devolver dinheiro de campanha no último pleito. Álvaro Antônio foi candidato a deputado federal pela sigla.

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