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Veja quais ministros deixarão governo para disputar as eleições

Lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 2 de abril

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Reunião ministerial com o presidente Bolsonaro. Na mesa em forma de "U", os ministros se reúnem diante de computadores - Metrópoles
1 de 1 Reunião ministerial com o presidente Bolsonaro. Na mesa em forma de "U", os ministros se reúnem diante de computadores - Metrópoles - Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou, na manhã desta quinta-feira (17/3), uma reunião ministerial para alinhar as estratégias das candidaturas dos integrantes do primeiro escalão que deverão deixar os cargos para concorrer nas eleições de outubro deste ano.

A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 2 de abril.

Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. Na maioria das vezes, esses cargos são ocupados por interinos, no geral servidores de carreira da própria pasta. As trocas provocam um desfalque momentâneo e, em certa medida, esvaziam os ministérios.

Os ministros que devem deixar o governo são:

  1. Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) – Governo/São Paulo;
  2. Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) – Governo/Rio Grande do Sul;
  3. João Roma (Cidadania) – Governo/Bahia;
  4. Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) – Senado/Amapá;
  5. Gilson Machado (Turismo) – Senado/Pernambuco;
  6. Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) – Senado/Rio Grande do Norte;
  7. Tereza Cristina (Agricultura) – Senado/Mato Grosso do Sul;
  8. Flávia Arruda (Secretaria de Governo) – Senado/Distrito Federal; e
  9. Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) – Câmara dos Deputados/São Paulo.

Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que pode deixar o governo para ser o vice na chapa do chefe do Executivo rumo à reeleição.

Nesta semana, o presidente disse que deve esperar “um pouco mais” para decidir, mas que o escolhido estará “a altura” para representá-lo quando necessário.

“A gente vai trabalhando nesse sentido. Mas vai ser um vice a altura de representar o presidente nas suas vacâncias. Essa é a intenção. Não é um vice para ajudar a ganhar a eleição, é um vice para ajudar a administrar o Brasil”, disse Bolsonaro em entrevista.

Pré-candidatura de Bolsonaro

Além de trabalhar para que tenha representantes em todos os estados, o presidente Jair Bolsonaro tem definido sua estratégia de reeleição junto ao seu comitê de campanha. O grupo é integrado pelo seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o ministro da Comunicação, Fabio Faria, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, entre outros nomes.

O lançamento da pré-candidatura do presidente à reeleição deve ocorrer em 26 de março. O evento já está pré-agendado pelo PL.

Durante a campanha de 2018, o então candidato chegou a dizer que era contra a reeleição e que iria propor seu fim se eleito. Ao longo do mandato como presidente, no entanto, Bolsonaro foi deixando claro que planejava um segundo mandato.

O lançamento da candidatura do presidente deverá ocorrer em um auditório do edifício Brasil 21, no centro de Brasília, que abriga a sede do Partido Liberal. Os detalhes do lançamento ainda não foram divulgados.

A trajetória de Bolsonaro rumo ao PL

Após passar dois anos sem partido, Bolsonaro se filiou ao partido em 30 de novembro do ano passado. No mesmo dia, o filho zero-um, senador Flávio Bolsonaro (RJ), também assinou a ficha de filiação. Os parlamentares aproveitam a janela partidária, período de troca de partido sem perder o mandato. O prazo teve início em 3 de março e vai até o dia 1º de abril.

A ideia é que, até o lançamento da pré-candidatura do presidente, novos parlamentares migrem para o PL.

Bolsonaro foi eleito presidente pelo PSL, em 2018. Ele deixou o partido em 2019, em meio a divergências com a cúpula da legenda. Na ocasião, chegou a articular a criação de um novo partido, a Aliança Pelo Brasil, que não passou da fase de coleta de assinaturas.

O PL é o nono partido da carreira política de Bolsonaro. Em três décadas, o atual presidente passou por PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.

O partido faz parte do chamado Centrão, uma bancada informal no Congresso que abriga siglas de centro-direita e com a qual o governo se aliou desde 2020, em busca de uma base de apoio na Câmara e no Senado.

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