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Lula nega carta ao agro: “Se fizer, tem que fazer para muita gente”

Candidato do PT à Presidência afirmou que “não há divergências” com o setor e que se não votam nele é por questões “ideológicas”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o seu vice Geraldo Alckmin (PSB), se encontram com governadores, senadores e lideranças políticas que declaram apoio à Coligação Brasil da Esperança
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o seu vice Geraldo Alckmin (PSB), se encontram com governadores, senadores e lideranças políticas que declaram apoio à Coligação Brasil da Esperança - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo –  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta quarta-feira (5/10) a intenção de divulgar uma carta ao agronegócio. O candidato à Presidência da República justificou que o setor o conhece e que respeita o fato de o agro não votar nele por questões “ideológicas”.  O ex-presidente foi questionado sobre tema pela imprensa, após um evento com governadores e senadores, em São Paulo.

“O problema é o seguinte: se você fizer uma carta, você vai ter que fazer uma carta para muita gente”, disse Lula ao lado de Kátia Abreu (Progressistas), senadora e ex-ministra da Agricultura durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
O ex-presidente afirmou que os integrantes do setor deveriam comparar o seu governo com a gestão de seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL).
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“Me conhecem”

“Do ponto de vista financeiro, da ajuda de venda de produto para o exterior posterior, de financiamento de máquinas para plantar e para colher, da Medida Provisória 452 que negociou R$ 85 bilhões de dívida deles, todos deveriam votar em mim sem ter dúvida. Agora ,se tem problema ideológico, é outra coisa, eu respeito”, disse.

O petista continuou visivelmente contrariado: “Eles me conhecem”. “Não há nenhuma divergência. Eles nunca tiveram problema conosco no financiamento da agricultura, na publicidade das exportações”, complementou.

Rejeição

Lula também listou alguns dos seus ministros da Agricultura, como Roberto Rodrigues e Reinhold Stephanes. Depois, o petista voltou a mencionar aspectos que podem explicar uma rejeição entre os eleitores do agronegócio.

“Eles não são obrigados a votar em mim, eles podem ter suas opções políticas. O que não podem é mentir ao meu respeito. A pessoa tem o direito de falar: ‘Eu não voto no Lula porque eu não gosto dele, eu não penso como ele’. A pessoa pode ser verdadeira.”

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