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Lula: “Bolsonaro acha que povo é gado e país está pior que em 2003”

O petista discursou em Teresina, no Piauí, e se emocionou com bandeira gigante do Brasil sobre a plateia

atualizado

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Gustavo Moreno/Metrópoles
Candidato a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante a Convenção Nacional do PSB em Brasília
1 de 1 Candidato a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante a Convenção Nacional do PSB em Brasília - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

Ao discursar nesta quarta-feira (3/8), em Teresina, capital do Piauí, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, disse que o “Brasil está pior do que em 2003”, quando assumiu a Presidência pela primeira vez e que, caso seja eleito, espera reverter esse quadro com políticas voltadas para a população mais pobre. “O país está pior que em 2003”, afirmou Lula.

“Mais desemprego, mais inflação, taxa de juros alta, gás de cozinha mais caro, arroz mais caro, a carne desapareceu da mesa do trabalhador e o país está desgovernado. Bolsonaro não está preparado para governar este país”, declarou o petista.

Ele ainda acusou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário no pleito, de tratar o população como “gado”, ao lançar benefícios às vésperas da eleição com o objetivo, segundo Lula, de comprar votos.

“Bolsonaro faz mudança na Constituição distribuindo quarenta bilhões de reais até dezembro. Ele acha que o povo é gado”, disse o petista.

“Coloque o dinheiro na nossa conta que vamos comprar o que comer, o que vestir. Ele pensa que o dinheiro vai comprar voto. No dia 2 de outubro temos que dar uma banana para Bolsonaro para que ele saiba que vai cair fora da governança”, disse Lula, referindo-se à mudança na Constituição que aumenta o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, prevê um reajuste do vale-gás, com um botijão a cada dois meses para 5 milhões de famílias, e uma ajuda de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos e voucher para taxistas.

Veja:

O petista se emocionou com bandeira gigante do Brasil sobre a plateia, criticou Bolsonaro pelos constantes ataques às urnas e disse que está preparado para recuperar o país.

“Ele não tem respeito pelo povo, diz que a urna não é honesta. Vocês não podem acreditar na fanfarrice dele. Estou preparado para recuperar este país. Vamos fazer universidades, escolas técnicas, aprimorando a qualidade profissional do povo trabalhador. O país hoje não merece o respeito de ninguém. Ninguém quer vir aqui”, enfatizou.

Além de atacar o atual presidente, Lula voltou a dirigir críticas à elite brasileira, que, em sua opinião, não se importa com a melhoria de vida dos mais pobres.

“A minha causa é provar ao mundo e à elite brasileira que o povo vai comer três vezes ao dia, que vai trabalhar, ter aumento de salário, levar uma vida digna que está na Constituição, na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, na Bíblia. Neste país não vai mais morrer criança de desnutrição. Geramos 22 milhões de empregos, conseguimos provar que a agricultura familiar e o pequeno produtor dão conta de sustentar o país quando tem financiamento para melhorar sua capacidade produtiva, vamos fazer assentamento de reforma agrária, fazendo financiamento do pequeno produtor. As prefeituras vão comprar 30% da merenda escolar dos agricultores”, continuou.

Lula voltou a chamar Bolsonaro de “genocida” que não dialoga com setores da sociedade. “Um genocida que não derramou uma lágrima por quase 700 mil que morreram (da Covid), que não se preocupa em conversa com sindicato, quilombola, indígena, que quer desmatar a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, não pode se apoderar da bandeira brasileira porque ela é do povo”, finalizou o petista.

 

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