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Eleições 2022: votação tem filas, espera de até 3h, boca de urna e prisões

Último boletim do Ministério da Justiça registra 663 crimes eleitorais, como compra de votos e violação de sigilo, e 216 prisões

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Santinhos Eleições 2022
1 de 1 Santinhos Eleições 2022 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A votação para o primeiro turno das Eleições 2022 começou neste domingo (2/10), às 8h. Pela manhã, brasileiros enfrentaram longas filas, com até quase 3 horas de espera em alguns casos, como no Distrito Federal, flagrantes de boca de urna e prisões ao longo do dia. Ao todo, são 156,4 milhões de eleitores aptos a votar. Essa é a nona eleição para presidente desde a redemocratização.

Desde o início da campanha eleitoral, no dia 15 de agosto, o Ministério da Justiça registrou 663 crimes eleitorais, número que inclui 127 casos de compra de votos ou corrupção eleitoral, 149 ocorrências de boca de urna, 18 violações de sigilo de voto e 27 ocorrências de transporte ilegal de eleitores em todo o Brasil. Além disso, foram feitas 216 prisões.

Acompanhe a cobertura do Metrópoles ao vivo:

No Distrito Federal, uma mulher foi levada à Superintendência da Polícia Federal após tentar fotografar uma urna, no Recanto das Emas. O presidente da seção presenciou o fato e acionou a Polícia Militar.

Todos os colégios eleitorais funcionarão com base no horário de Brasília. Além da disputa pelo cargo de chefe da República, estão em jogo os comandos dos estados e do Distrito Federal, assim como vagas para senadores, deputados estaduais (distritais, no caso do DF) e federais. As votações encerram às 17h.

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Presidenciáveis votam

No Rio de Janeiro, por volta das 8h45, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, chegou à Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, Zona Oeste do Rio, para votar. Ele deu uma rápida entrevista à imprensa.

O chefe do Executivo voltou a pedir “eleições limpas” e desejou “que vença o melhor“. Ele ainda disse que espera vencer no primeiro turno.

“Tanta gente na rua nos apoiando, mas não vi nada na imprensa. Mas tudo bem. Faz parte da regra do jogo. O que vale é o ‘Datapovo’ e eleições limpas, sem problema nenhum. Que vença o melhor”, disse Bolsonaro à imprensa, antes do voto. Além de jornalistas brasileiros, repórteres de vários países acompanharam o presidente.

Principal adversário de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou em São Paulo, também por volta de 8h45. O local de votação do candidato à Presidência da República é a Escola Estadual Doutor João Firmino Correia de Araújo, localizada no bairro Assunção.

“Eu não poderia deixar de dizer para vocês que, há quatro anos atrás, não pude votar porque tinhas sido vitima de uma mentira nesse país. Estava detido na PF exatamente no dia da eleição. Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar, não levaram e quatro anos depois estou aqui votando com o reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente”, disse o petista.

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A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) votou, às 10h deste domingo, na Escola Estadual Lucia Martins Coelho, no bairro Jardim dos Estados, em Mato Grosso do Sul.

Tebet chegou acompanhada de assessores e candidatos a cargos estaduais pelo MDB. Em entrevista coletiva, a emedebista reforçou a importância do voto, e disse ter esperança de estar no segundo turno.

“O resultado das urnas só vai ser apurado na hora que o último eleitor depositar o seu voto. Também aqui a minha esperança de estar no segundo turno”, disse.

Candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes votou em Fortaleza, capital cearense. O pedetista registrou voto na sede da secretaria de Saúde do Ceará, por volta das 10h45.

Em conversa com jornalistas, o candidato afirmou que, caso perca a eleição deste ano, não pretende se recandidatar no próximo pleito.

“O futuro a Deus pertence. Se eu ganhar, quero trocar a minha reeleição pela reforma que o país precisa ter, e que foi jogada na lata do lixo. Se eu não vencer, quero ajudar a juventude a pensar as coisas sem a suspeição de uma candidatura. Essas coisas sempre podem mudar, mas tenho 64 anos, dei a minha vida inteira à causa do povo brasileiro”, afirmou.

Candidata à Presidência que ficou conhecida pelo tom agressivo nos debates, Soraya Thronicke votou em Campo Grande (MS).

Ela disse, em entrevista, que é “uma sul-mato-grossense raiz”. “Não fujo nunca da raia e continuo sendo fiel às bandeiras que me elegeram lá em 2018, como combate à corrupção, economia de mercado liberal e bandeira do respeito às instituições”, afirmou.

Candidato à Presidência da República pelo Novo, Luiz Felipe D’Ávila votou em São Paulo. Ele chegou ao Colégio Mater Dei, na zona oeste de São Paulo, por volta das 9h30.

D’Ávila criticou a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro e disse que, caso haja segundo turno, não vai apoiar qualquer um dos candidatos.

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O candidato à Presidência Leonardo Péricles (UP) votou às 9h10, na Escola Estadual Ilacir Pereira Lima, em Belo Horizonte (MG). Ele estava acompanhado do filho.

Padre Kelmon, candidato à Presidência da República pelo PTB, votou em Salvador, capital da Bahia. Ele chegou à Escola Adroaldo Ribeiro Costa por volta das 9h45.

Kelmon disse que a corrida eleitoral tem apenas dois candidatos de direita: ele e Jair Bolsonaro (PL). “Vamos definir esta eleição no primeiro turno. Temos no Brasil, hoje, duas candidaturas de direita: padre Kelmon e Jair Bolsonaro. Você escolhe. Ou o padre ou Bolsonaro”, falou.

Constituinte Eymael, candidato do Democracia Cristã à Presidência da República, votou em São Paulo.

O candidato chegou à Escola Palmares, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, por volta das 11h. Ele não falou com imprensa.

Sofia Manzano, candidata à presidência da República pelo PCB, votou na Bahia neste domingo. A candidata chegou ao Colégio Estadual Professora Heleusa Figueira Câmara, em Vitória da Conquista, por volta das 11h.

Em entrevista à imprensa, na saída da votação, Manzano afirmou que a campanha “extrapolou as expectativas”.

Vera Lúcia (PSTU) votou em São Paulo na manhã deste domingo. A candidata registrou voto na Pontífice Universidade Católica (PUC), na Zona Sul de São Paulo. Ela chegou ao local por volta das 11h30.

“Fizemos uma campanha bonita, nas ruas, nas portas das fábricas, nos canteiros de obras, nos bairros populares, nos quilombos e territórios indígenas, nas escolas e nas universidades, apresentando uma alternativa independente”, afirmou.

Votação no DF

A votação começou às 8h no Distrito Federal, neste domingo, mas muita gente preferiu se adiantar e chegar bem cedo às zonas eleitorais. Além de evitar filas, muitos eleitores preferiram passar para votar antes de seguirem para o trabalho. Até o momento, não há registro de ocorrências graves.

Os minutos que antecederam a votação chamaram atenção pelos diversos santinhos espalhados pelo chão. A sujeira tomou conta das entradas de algumas zonas eleitorais, como no Plano Piloto, em Planaltina, Ceilândia, no Pôr do Sol, Areal e em Samambaia.

Exterior

Além do Brasil, outros países que abrigam brasileiros também estão com o pleito em curso há algumas horas, em razão do fuso horário. A apuração em países como a Nova Zelândia, por exemplo, já está em ritmo de finalização.

Os brasileiros que vivem lá puderam votar a partir das 16h de sábado (1º/10), horário do Brasil, que corresponde às 8h de domingo (2/10), no horário local. Há 3 mil cidadãos aptos a votar no país.

Ao todo, há ao menos 700 mil brasileiros aptos a votar em território internacional. No exterior, brasileiros alfabetizados que possuem de 18 a 69 anos são obrigados a votar nas eleições gerais.

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Como votar?

Para votar, é necessário que o eleitor apresente um documento oficial com foto, mesmo que vencido. Pode ser Carteira de Identidade, de Motorista, de Reservista, de Trabalho, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, como a da OAB, e passaporte.

Também será aceito o aplicativo e-Título, no qual consta uma foto do cidadão. Essa é uma opção válida para quem baixou o app até ontem, sábado (1º/10), pois o prazo acabou neste domingo. Apresentar apenas o Título de Eleitor não é suficiente, porque o documento não contém foto. Ele serve, porém, para informar ao cidadão os dados de sua seção eleitoral.

Quem não estiver com o documento pode entrar no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fazer uma consulta por nome, data de nascimento e nome da mãe para saber sua zona e seção eleitoral.

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