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DF: zonas eleitorais amanhecem com filas e santinhos de candidatos

Diversos locais de votação do Distrito Federal tiveram filas, com eleitores chegando por volta das 6h. Santinhos dificultam acesso

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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1 de 1 foto-taguatinga-votacao-eleicoes-2022 - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Os minutos que antecederam o início da votação, às 8h, no Distrito Federal chamaram a atenção pelas filas e pelos diversos santinhos espalhados pelo chão. A sujeira tomou conta das entradas de algumas zonas eleitorais, como no Plano Piloto, em Planaltina, Ceilândia, no Pôr do Sol, Areal e em Samambaia.

Em frente à Escola Classe 01, em Planaltina, o asfalto ficou tomado de santinhos, dificultando a passagem de alguns pedestres, que chegaram a escorregar nos papéis. O primeiro eleitor, Francisco Barbosa, 43 anos, se apresentou para o dever cívido às 6h. Além de evitar filas longas mais tarde, ele tem medo de possíveis confusões. “Daqui a pouco, chega apoiador de um, apoiador de outro. Nunca vi uma eleição assim, a gente fica com medo”, afirmou.

Ali, os portões abriram pontualmente às 8h. Zenilda Silva, 39, foi a primeira a votar. Ela chegou cedo, direto do trabalho como cuidadora, e esperou na fila com o filho Felipe, de 6 meses, no colo. “Votar é muito importante, porque a gente precisa de um representante para lutar por nossos direitos”, avaliou.

Veja imagens de alguns locais de votação visitados pelo Metrópoles:

Em frente ao CED 03, em Planaltina, também há fila. A primeira é Maria de Lourdes, 68. Chegou às 5h30 à escola, apesar de a votação começar apenas às 8h. “Gosto de fazer tudo cedo e, aqui, a fila fica enorme”, explicou.

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No P Sul, em Ceilândia, Jocelio Ferreira, 51, chegou à Escola Classe 46 às 5h. Morador de Águas Lindas (GO), no Entorno, ele quis evitar as filas e o trânsito da BR-070. O eleitor não transferiu o voto para a cidade em que mora porque gosta de reencontrar amigos nesse momento. “Sempre votei e vou votar aqui”, contou.

Vilmar Dias tem 62 anos e é uma prova de que os santinhos podem ajudar os eleitores indecisos e esquecidos. Em meio aos pingos da chuva que caem sobre a Ceilândia, ele procura no chão em frente à EC 46 o número da senadora na qual quer votar. Na colinha que segura na mão, é possível ver os números dos candidatos aos outros cargos. “Só falta esse”, admitiu. Ele foi uma das pessoas que chegou cedo ao local de votação. “Quero votar e ficar livre logo”, contou.

Pedro Ferreira de Sousa, 36, saiu do Incra 7 para votar no CEF 32, no Pôr do Sol. Primeiro da fila, ele chegou ao local às 6h40, saindo de casa às 5h40. A ideia é conseguir voltar para casa o quanto antes e abrir a distribuidora de bebidas dele no Incra.

Natural de Minas Gerais, esse foi o local escolhido para Sousa votar quando pediu a transferência de título de estado. Essa é a segunda vez que ele vota no DF e pretende mudar o local de votação para mais perto de casa antes das eleições de 2026. “Pensei em justificar o voto, mas resolvi votar logo”, revelou.

Pequeno tumulto e indignação marcaram a entrada na Escola Classe 66, do Sol Nascente. Quando os portões foram liberados, às 8h, muitas pessoas que não estavam na fila entraram com quem esperava desde cedo. “Não adiantou nada acordar às 6h”, reclamou uma das primeiras a chegar ao local.

Plano Piloto

No colégio Cor Jesu, na 615 Sul, uma fila começou a se formar em frente ao colégio minutos antes da abertura da votação. O aposentado Eduardo Meira, 59, foi o primeiro a chegar à zona eleitoral. “Sempre votei cedo, mas, desta vez, estou ansioso para os resultados e preferi chegar o mais cedo possível”, disse.

Também na 615 Sul, no Colégio Marista, o aposentado João Ribeiro, 70, contou que saiu para votar mais cedo para se livrar logo da obrigação. “Eu sou uma pessoa otimista, então, acredito que tudo vai dar certo. Vamos conseguir um resultado bom e trazer mais esperança de um Brasil melhor”, comenta.

Na Escola Classe da 413 Sul, os portões se abriram para a pequena fila que aguardava para votar. Antônio Rodrigues, 58, votou cedo por medo da chuva. Morador da 412 Sul, ele tem dificuldades para andar e conta com muletas para ajudá-lo na locomoção. “Votar é o mínimo de resposta que podemos dar para os políticos. Mas o nosso dever vai além disso. Precisamos acompanhar se os políticos estão cumprindo o que prometeram durante a corrida eleitoral”, comentou.

O aposentado Paulo Camargo, 67, votou na Escola Classe da 316 Sul. Ele disse que o clima está igual ao das outras eleições e reclamou da quantidade de policiamento na zona eleitoral. “Não tem necessidade de ter gente armada, enquanto a gente vai votar. Não gosto e acho que não precisa, fiquei acuado”, declarou. Em frente ao colégio, quatro policiais militares recepcionam quem chega para votar. “A gente já vota com medo, sendo que não precisa disso. Está tudo pacífico”, frisou.

Santa Maria

Em Santa Maria, no Centro de Ensino Fundamental 213, a movimentação de eleitores é intensa, com a fila dando volta na escola. Além do movimento, a quantidade de santinhos jogados ao chão incomoda os eleitores. “É algo muito ruim. Isso não podia existir”, lamentou Antônio Silva, 62.

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