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Por debate com Bolsonaro, “vou até a uma enfermaria”, diz Haddad

Candidato do PT também se queixou de fake news contra sua campanha e afirmou já ter obtido na Justiça o direito de retirar 33 vídeos do ar

atualizado

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GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO
Fernando Haddad dá coletiva após visitar Lula na sede da PF, em Curitiba
1 de 1 Fernando Haddad dá coletiva após visitar Lula na sede da PF, em Curitiba - Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, reagiu nesta quarta-feira (10/10) à decisão do rival Jair Bolsonaro (PSL) de não participar do debate da TV Bandeirantes, nesta semana. Ao ser informado que o adversário alegou restrições médicas a situações de estresse, Haddad disse que aceita ir até uma enfermaria para debater.

“Eu vou até a uma enfermaria na boa para fazer o debate”, afirmou Haddad. “Ele falou que não quer se estressar? Vou falar docemente, nem altero a voz. Faço o que ele quiser para ele dizer o que pensa. Os brasileiros precisam saber a verdade”, continuou o petista durante entrevista à imprensa estrangeira.

Na conversa com os correspondentes internacionais, o candidato do PT também se queixou de fake news lançadas contra sua campanha e afirmou já ter obtido na Justiça o direito de retirar 33 vídeos do ar. Embora tenha ponderado que o peso das notícias falsas tende a ser menor neste segundo turno, ele reforçou a necessidade do debate direto entre candidatos.

“Essa turma da extrema direita não tem pudores em jogar pesado, jogam com o que estiver na mão, passam em cima da sua honra, da sua família”, disse.

Haddad afirmou ainda que visitará nesta quinta-feira (11) a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em uma tentativa de contar com o auxílio da entidade para “conter as mentiras” que seu “adversário está jogando na internet”. E engatou: “Não precisamos mentir sobre Bolsonaro, só mostrar como ele pensa.”

Guedes
Haddad evitou comentar a investigação do Ministério Público Federal em Brasília contra o guru de econômico de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, por suposto envolvimento em fraudes.

O presidenciável do PT disse não ter tomado conhecimento sobre os detalhes da denúncia e, portanto, afirmou preferir não se pronunciar. “Não li a denúncia, então não posso me manifestar”, afirmou, voltando a detalhar o perfil que espera para seu próprio ministro da Fazenda.

“O que eu posso assegurar é que no Ministério da Fazenda do meu governo não terá um banqueiro. Não tem Paulo Guedes não tem banqueiro no meu governo”, prosseguiu. “Na Fazenda tem que ser alguém comprometido com produção e com geração de emprego.”

Questionado sobre seu próprio perfil, Haddad disse que é conhecido “como uma pessoa de grande moderação”. “Sou amante da liberdade, mas passamos do limite da desigualdade”, afirmou.

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