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“Eu vou ganhar a eleição para mudar esse país”, afirma Alckmin

Pré-candidato à presidência da República, o ex-governador de São Paulo foi sabatinado por empresários em evento realizado pela CNI

atualizado

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Rafaela Felicciano / Metrópoles
Alckmin CNI
1 de 1 Alckmin CNI - Foto: Rafaela Felicciano / Metrópoles

Durante sabatina realizada na manhã desta quarta-feira (4/7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, mudou um pouco seu discurso, tentando demostrar otimismo. “Eu vou ganhar a eleição para mudar esse país. A disputa só vai começar depois do início das campanhas no rádio e na TV, no dia 31 de agosto, só aí os votos serão definidos”, afirmou.

Por cerca de 30 minutos, Alckmin falou sobre o que pretende fazer pelo país, caso seja eleito. Mais uma vez, voltou a afirmar que irá retirar do papel reformas necessárias para que o Brasil volte a crescer no início imediato de seu possível governo.

“Os primeiros seis meses são essenciais para fazer as reformas que precisam ser feitas. A economia será recuperada com uma agenda de reformas: reforma política, previdenciária e tributária”, garantiu.

última pesquisa de intenção de voto encomendada pela CNI ao Ibope, divulgada em 28 de junho, mostrou que Alckmin está em 5º lugar dentre os pré-candidatos, com 5% das intenções de voto, no cenário em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece como candidato. Sem Lula, o tucano passa para a 4ª posição, com 6% das intenções de voto. Leia mais sobre a pesquisa aqui.

O tucano ainda deu prazo para outras ações econômicas que irá tomar quando estiver à frente do governo federal. “Nós estabelecemos dois anos para zerar o déficit primário e vamos tentar fazer antes disso. O presidente da República tem de reduzir gastos, porque com conta desequilibrada não vai ter crescimento”, disse.

Depois do discurso de ajuste fiscal, Geraldo Alckmin tentou ainda destacar a importância de se investir nas áreas de educação, saúde e desenvolvimento social. “Defenderei a união nacional, deixando de lado os pesadelos do passado. Nós temos que pensar no futuro e agir rápido para superar nossas dificuldades. Eu quero ser presidente para mudar, com coragem para enfrentar corporações e recuperar o coletivo. É um olho na inovação e outro olho no social”, completou.

Na sequência, empresários e demais pessoas na plateia fizeram perguntas ao pré-candidato. Questionado pelos investidores sobre a alta carga tributária do país, Alckmin prometeu simplificar a forma como os impostos recaem sobre a comercialização de bens e serviços. “Nós temos que agir mais nas causas, para poder, então, ter uma solução para os problemas do país”, completou.

Perguntado pela reportagem após a sabatina como tirará do papel tantas reformas, já que o atual governo não conseguiu realizá-las, Alckmin voltou a ser otimista. “Nós iremos ter o voto ao nosso favor e isso traz uma legitimidade muito grande. A sociedade espera mudanças e o novo governo tem de aproveitar a força do voto para ter a sociedade junto”.

Por fim, o candidato garantiu que não há mais rejeições ao seu nome dentro do próprio PSDB e disse acreditar em uma aliança com o chamado centrão, bloco que reúne partidos do espectro político de centro.

Outros cinco presidenciáveis serão ouvidos ainda nesta quarta: Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos). A CNI apresenta ainda, durante o evento, 43 propostas aos pré-candidatos, que, segundo a entidade, vão “estimular o crescimento do país nos próximos 4 anos”. As sugestões abrangem áreas como eficiência do estado, segurança jurídica, infraestrutura, tributação, educação, meio ambiente, inovação, financiamento e segurança pública.

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