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Serasa: dívidas podem ser renegociadas nos Correios, apesar de greve

Estatal garantiu, por meio de nota, que serviços como o Limpa Nome Serasa continuam com funcionamento normal

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Sobre o comunicando a deflagração de uma greve no próximo dia 4 de agosto
1 de 1 Sobre o comunicando a deflagração de uma greve no próximo dia 4 de agosto - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Consumidores com nome no Serasa Experian podem renegociar as dívidas nas agências dos Correios que estiverem abertas, apesar da greve que atinge parte da categoria desde segunda-feira (17/8).

A informação foi confirmada pelos próprios Correios, em nota divulgada na noite dessa quarta-feira (19/8). Todos os serviços continuam normais, mesmo com a paralisação de funcionários.

“Nas agências, serviços como consulta Limpa Nome Serasa, achados e perdidos e agora, mais recentemente, a consulta para o auxílio emergencial, estão disponíveis à população”, exemplificou a estatal.

Não há necessidade, no entanto, de comparecer a uma agência dos Correios para negociar as dívidas, uma vez que o serviço pode ser feito on-line no site do Serasa Limpa Nome (acesse aqui).

O consumidor pode conseguir descontos de até 90% para quitar as dívidas. É preciso fornecer nome completo, número do CPF, data de nascimento e algumas outras informações pessoais e financeiras.

A greve

De acordo com os Correios, 83% do efetivo trabalha normalmente. A estatal tem cerca de 99 mil empregados.

Já segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), apenas 30% dos funcionários da empresa seguem trabalhando. O restante, 70 mil, estaria em greve.

“Trabalhadores ecetistas de todo o país e seus sindicatos filiados seguem mobilizados por tempo indeterminado aguardando um posicionamento da empresa”, informou a Fentect, na tarde dessa quarta-feira.

O sindicato diz ser contra a retirada de direitos de funcionários da estatal, contra a privatização da empresa, promovida pelo atual governo, e negligência com a saúde dos trabalhadores em relação à Covid-19.

A Fentect estima entre 70 e 100 óbitos de trabalhadores na ativa de todo o país, vítimas da Covid-19, e outros milhares de infectados que estão na linha de frente prestando serviço à população.

Por sua vez, os Correios afirmam que as reivindicações da Fentect custariam quase R$ 1 bilhão aos cofres — 10 vezes o lucro obtido em 2019. “Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”.

“Dentre as medidas adotadas para proteger o efetivo durante a pandemia, a empresa redirecionou empregados classificados como grupo de risco para o trabalho remoto, sem qualquer perda salarial”, prosseguiu.

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