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Rombo no fundo de pensões dos Correios pode causar bloqueio de bens

Auditoria do TCU aponta que gestores da entidade foram negligentes ao aprovar aportes vultosos em fundos de investimentos deficitários

atualizado

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1 de 1 sede_correios2 - Foto: Reprodução

O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou prejuízos que superam R$ 1 bilhão em sete negócios feitos pelo Postalis, o fundo de pensões dos funcionários dos Correios. Auditoria da corte, que será julgada nesta quarta-feira (5/4), aponta que gestores da entidade foram negligentes ao aprovar aportes vultosos em fundos de investimentos deficitários, sem os devidos cuidados na avaliação dos riscos envolvidos.

Por conta das irregularidades, os ministros do TCU vão avaliar em plenário o bloqueio de bens dos dirigentes responsáveis pelos negócios. O relator do processo, Vital do Rêgo, deve propor também a abertura de tomadas de contas especiais (TCEs), processos para aprofundar a investigação sobre cada um deles.

A auditoria analisou investimentos de R$ 2,73 bilhões, feitos entre 2010 e 2015. As perdas apuradas correspondem a 35% desse montante.

Por conta do rombo, provocado em parte por investimentos que deram prejuízos, o Postalis passou a exigir de seus participantes contribuições extras. Tanto os funcionários dos Correios quanto a própria estatal, atualmente em crise, estão pagando mais para cobrir os déficits dos últimos anos.

Transações feitas pelo fundo de pensões dos Correios são alvo da Operação Greenfield, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) em setembro do ano passado, para apurar atos de gestão temerária e fraudulenta por parte dos dirigentes. A suspeita é de que o Postalis e outras instituições — Funcef, da Caixa; Petros, da Petrobrás; e Previ, do Banco do Brasil — adquiriram cotas de fundos de investimento a valores superfaturados, sem a observância de critérios técnicos.

O Postalis informou, em nota, que os investimentos citados na auditoria do TCU “não foram feitos por nenhum” dos seus atuais dirigentes.

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