Pedidos de portabilidade de planos de saúde batem recorde em 2021

Diante da pandemia da Covid-19, a opção de portabilidade dos planos de saúde bateu recorde em 2021, com mais de 122 mil registros entre janeiro e abril. Ou seja, 50% a mais do que no ano anterior. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A medida garante a mudança de contrato, aproveitando as carências cumpridas. Assim, o consumidor pode migrar para um plano de saúde sem o ônus de esperar novamente para ter acesso aos serviços.

Para ser colocada em prática, no entanto, a portabilidade prevê certos requisitos e envolve procedimentos como envio de uma lista de documentos, que inclui comprovantes de pagamento de mensalidades, de prazo e permanência, além de relatório de compatibilidade entre planos de origem e de destino.

A troca de plano foi uma saída para a aposentada Salua Assad Abirad, que conseguiu reduzir quase pela metade o valor investido em sua saúde, após buscar o suporte da administradora de benefícios Qualicorp.

“Hoje, o plano de saúde é a minha prioridade, mas estava ficando muito caro. Estou muito contente com a mudança, porque eu estava pagando a mais por alguns serviços que eu nem utilizava e que não fazem diferença para mim”, afirma.

Confira algumas dicas para fazer a portabilidade do seu plano

1º passo: Verifique se você cumpre os requisitos necessários

2º passo: O plano deve ter sido contratado após 1º de janeiro de 1999 ou adaptado à Lei dos Planos de Saúde

3º passo: O contrato deve estar ativo

4º passo: O beneficiário precisa estar em dia com as mensalidades

5º passo: O beneficiário deve cumprir o prazo mínimo de permanência no plano

6º passo: consulte uma administradora de benefícios para identificar quais planos são compatíveis com o seu perfil

7º passo: Solicite a proposta de adesão para a operadora do plano de destino

8º passo: A operadora tem 10 dias para responder à sua solicitação

9º passo: Informe a operadora de origem (com quem você tem o contrato) sobre a portabilidade e solicite o cancelamento em até cinco dias do início de vigência do novo plano

Administradoras de benefícios 

De acordo com a ANS, nos últimos oito anos, quem tinha uma administradora de benefícios na gestão do plano de saúde pagou R$ 6 bilhões a menos de reajuste das operadoras.

“Esse valor representa a diferença entre o pedido pelas operadoras para o reajuste anual e o efetivamente cobrado dos clientes das administradoras de benefícios após a atuação dessas empresas na negociação em prol dos consumidores. Uma redução de 54%, gerando uma economia mensal por beneficiário de R$ 131”, afirma Alessandro Acayaba de Toledo, advogado especializado em direito na saúde e presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB).