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Pacheco e Lira dizem a Guedes que querem auxílio de março a junho

Presidentes da Câmara e do Senado acreditam que o benefício será estendido até junho, inicialmente

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Lira e Pacheco
1 de 1 Lira e Pacheco - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniram em um almoço, nesta sexta-feira (12/2), com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir a extensão do auxílio emergencial.

Após o almoço, Pacheco afirmou que o Congresso Nacional tem expectativa de retomada do auxílio aos mais vulneráveis, já em março. O senador crê que o benefício será ampliado até junho. “Externamos aos ministros o desejo e expectativa. Prioridade absoluta é vacina e auxílio emergencial”, enfatizou.

“Expectativa da sociedade é que seja aprovado este auxílio emergencial, suficiente para alcançar maior número de pessoas, com a responsabilidade fiscal que é preciso se ter. [A vontade é] De que possamos ter [auxílio] nos meses de março, abril, maio e eventualmente em junho.”

O encontro ocorreu na residência oficial da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira, cobrou celeridade no andamento das pautas tributárias no Parlamento.

“O mais rápido possível, para dar estabilidade econômica ao Brasil com essas reformas. Estamos conversando [com Senado e Planalto] para que nos ajudem a incluir e aprovar as pautas que o Brasil precisa, que a economia e que a saúde precisam.”

Segundo o presidente do Senado, para que o auxílio saia do papel, é necessário aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Pacto Federativo.

“Fundamental que haja uma cláusula de calamidade pública nessa PEC. Existe é uma relação de confiança, de que cada um vai cumprir o seu papel, de conciliar o interesse público com a responsabilidade fiscal. Esse conjunto de fatores que nos une aqui hoje”, completou.

Guedes, por sua vez, afirmou que, com o encontro desta tarde, a pauta teve avanço considerável. “Avançamos bastante. Compromisso com a saúde, vacinação em massa e auxílio emergencial, e compromisso com a responsabilidade fiscal. Extraordinariamente construtivo. Estamos todos na mesma luta: auxílio, vacina em massa, e reformas, principalmente o marco fiscal.”

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“Cobra dos governadores”

Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que a retomada do benefício está sendo estudada pelo governo, mas defendeu que a população deve cobrar governadores sobre a concessão do auxílio.

“Cobra de quem te determinou ficar em casa, fechou o comércio e acabou com o seu emprego. Cobra dos governadores. Os governadores podem dar auxílio para vocês, eles podem se endividar também, porque o governo federal está se endividando”, afirmou o titular do Palácio do Planalto.

Na quinta-feira (12/2), Bolsonaro já havia sinalizado que o benefício poderá retornar em março e durar entre três e quatro meses. O presidente tem reiterado que a medida é “emergencial” e representa um “endividamento enorme” para o país.

“Está quase certo, não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de… Pode não ser, né? A partir de março, três, quatro meses. É o que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”, declarou.

Em 2020, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes, que atingiu um montante superior a R$ 300 bilhões em pagamentos.

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