Nove em cada 10 informais gostariam de ter carteira assinada

De acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), 87,7% dos trabalhadores sem registro e sem CNPJ desejam se formalizar

atualizado 06/12/2022 11:42

Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles Reprodução/Agência Brasil

Nove de cada 10 trabalhadores informais no Brasil gostariam de se formalizar. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

De acordo com o levantamento “Sondagem do Mercado de Trabalho”, 87,7% desses trabalhadores desejam o registro formal.

O percentual foi calculado sobre o total de trabalhadores informais – aqueles que não possuem nenhum tipo de registro oficial, incluindo os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ.

A vontade de se formalizar é maior entre os trabalhadores que têm menores rendimentos: 89,5% dos informais com renda mensal de até dois salários mínimos dizem preferir migrar para um trabalho com carteira assinada ou CNPJ. O percentual é de 75,8% entre aqueles que recebem mais de dois salários mínimos.

Informais com ou sem CNPJ

Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 30,4% dos trabalhadores por conta própria, com ou sem CPNJ, preferem se manter na situação atual.

Entre os 69,6% que desejam mudar, os principais motivos apontados são a vontade de ter rendimentos fixos (33,1%) e o acesso a benefícios dados por empresas (31,4%), como auxílio alimentação, auxílio transporte e plano de saúde.

A pesquisa

O levantamento do Ibre-FGV terá divulgação trimestral. A pesquisa coletou informações entre agosto e outubro deste ano. Nesse período, o número de trabalhadores informais em atividade no país chegou a 38,9 milhões.

Caged

A economia brasileira registrou um saldo positivo de 159,4 mil empregos com carteira assinada em outubro deste ano. Os dados foram divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Os pequenos negócios respondem por 125.114 dessas contratações (78,5%).

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