metropoles.com

Ministra acredita que acordo Mercosul-UE pode ser aprovado em 2 anos

“Ainda há ajustes a serem feitos, mas já caminhamos muito”, declarou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesta manhã

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Tereza Cristina – ministra da agricultura
1 de 1 Tereza Cristina – ministra da agricultura - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, estima que, no máximo, em até dois anos o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE) deve ser aprovado por todas as partes. “Ainda há ajustes a serem feitos, mas já caminhamos muito. Agora, o acordo precisa ser aprovado pelos quatro países do Mercosul e pelos parlamentos de 27 países da UE”, disse em entrevista à rádio CBN, na manhã desta quarta-feira (03/07/2019).

Quanto à aprovação do texto do acordo pelo Congresso brasileiro, Tereza defendeu que o governo tem de discutir com o Legislativo qual é o melhor momento para votação do documento. “A aprovação é mais complicada para a UE, que precisa de consenso entre os 27 países do bloco”, observou a ministra.

De acordo com ela, a parceria com a UE abriu o caminho para novos acordos comerciais no futuro econômico do Brasil. “Temos quatro acordos em vista, que podem ser fechados nos próximos anos: acordo com Efta (Associação Europeia de Livre Comércio), Canadá, Coreia do Sul e Cingapura”.

França não está “pronta” para acordo comercial
Tereza também comentou sobre o desconforto com a França, que declarou nesta terça não estar pronta para um acordo comercial com o Mercosul. “A França é muito protecionista, principalmente com agricultura. As críticas já eram esperadas pelos dois lados do acordo Mercosul e União Europeia (UE)”, afirmou a ministra.

Tereza Cristina defendeu informações unificadas sobre as questões ambientais e afirmou que o Brasil já enfrenta pressão de ambientalistas da UE. “Quando temos dados divergentes sobre meio ambiente, acabamos favorecendo concorrentes. O Brasil enfrenta ataques porque é mais vulnerável que os EUA, que têm economia mais forte”, argumentou a ministra.

Tereza não confirmou o dado divulgado nesta semana de que o desmatamento na Amazônia aumentou 60% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. A informação foi divulgada ontem pela CNN, que teve acesso a dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo a matéria da CNN, ambientalistas afirmam que o número é reflexo da política ambientalista do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Ainda sobre as questões ambientais, a ministra citou o dispositivo de precaução, previsto no acordo como uma garantia para o governo brasileiro. Segundo ela, o dispositivo é restrito à discussão de base científica. “Não vão poder falar que estamos desmatando a Amazônia ou acabando com áreas indígenas sem provas. As acusações precisarão de provas científicas”, explicou.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?