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Michel Temer diz que terceirização “não prejudica os trabalhadores”

O presidente defendeu a lei dizendo que todas as reformas do seu governo são “ambiciosas” e “necessárias” para o Brasil

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
MICHEL TEMER
1 de 1 MICHEL TEMER - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em sua primeira aparição pública desde que sancionou a lei que permite a terceirização irrestrita, o presidente Michel Temer garantiu que o projeto “não prejudica os trabalhadores” e que a aprovação da medida é fruto de uma “quase ousadia” de seu governo. “Há mais de 20 anos se falava disso no Brasil e não se levava adiante”, afirmou Temer, no encerramento do Fórum de Líderes Empresariais Brasil-Suécia.

O presidente fez menção ao projeto quando listava as ações do governo para tentar tirar o País da “maior recessão da história”, destacando que a maior parte delas busca sanar os problemas fiscais do Brasil. “Como tudo aquilo era crise de raiz fiscal, concebemos e temos implementado, na base de muito diálogo, reformas ambiciosas, que não são fáceis, mas que são muito necessárias e se tornaram inadiáveis”, disse, citando a aprovação da PEC do teto dos gastos.

Temer também ressaltou que seu governo está “engajado” em aprovar a reforma da Previdência. Na sua avaliação, os números do sistema previdenciário estão em “descompasso com a realidade demográfica” do Brasil. “Se nada fizermos, em poucos anos estaremos em péssima situação”, argumentou.

Além disso, o peemedebista lembrou a agenda de medidas que buscam elevar a produtividade da economia brasileira, com a “profissionalização das estatais, autonomia das agências reguladoras e marcos regulatórios que gerem racionalidade econômica e segurança jurídica”. “Trabalhamos para recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento”, disse, depois de afirmar que o momento é “especialmente favorável” ao investimento privado.

Temer também fez questão de citar a intenção do governo de aprovar uma reforma trabalhista e disse que as primeiras conversas sobre o tema envolvem empresários e trabalhadores. “Estamos fazendo tudo pacificamente”, afirmou, após dizer que “nada é feito sem dialogar amplamente com a sociedade brasileira”, disse.

O presidente ainda mencionou o projeto Crescer, programa de concessões de infraestrutura à iniciativa privada. “A infraestrutura brasileira demanda ampliação e aprimoramento”, disse.

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