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“Forças subjacentes” são suficientes para Brasil manter grau de investimento, diz diretora da Moody’s

Susan Knapp afirmou que espera melhora moderada no curto prazo e que desempenho brasileiro é mais fraco que esperado

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A diretora-gerente da Moody’s Latin America, Susan Knapp, afirmou nesta terça-feira (6/10) que as forças subjacentes do Brasil ainda são suficientes para manter o grau de investimento, apesar de as dinâmicas atuais de crescimento serem piores do que a agência antecipava. A declaração foi dada na 17ª Conferência Anual da Moody’s, em São Paulo.

“As forças subjacentes ainda são suficientes para manter o grau de investimento, mas o Brasil enfrenta desafios, como o crescimento fraco, desequilíbrios fiscais persistentes e a situação política”, comentou Susan. A diretora apontou que o desempenho econômico brasileiro tem sido mais fraco do que a Moody’s havia antecipado e que espera-se uma melhora apenas moderada no curto prazo.

Segundo Susan, o aperto monetário, somado ao consumo e investimento fraco e à confiança baixa de empresas e famílias, afetam negativamente as perspectivas econômicas para o Brasil neste ano e no próximo. “O governo não tem sido capaz de cumprir as metas fiscais e falta consenso político para lidar com a rigidez estrutural, o que é essencial para garantir o equilíbrio fiscal”. Ela lembrou que as baixas taxas de aprovação do governo Dilma Rousseff também colaboram para a crise política.

A Moody’s acredita que a dívida bruta do Brasil deve continuar subindo e superar 70% do PIB no fim deste ano. Enquanto isso, o Banco Central terá de continuar atuando para reduzir as pressões inflacionárias. “Embora o atual ciclo de aperto monetário esteja se aproximando do fim, a Selic está no maior patamar em sete anos e deve ter uma queda apenas moderada em 2016”, afirmou.

Susan apontou que as dinâmicas de crescimento do Brasil estão cada vez mais complicadas, não apenas por problemas internos, mas também em função de questões externas. Ela citou a desaceleração do crescimento global, a turbulência nos mercados chineses, a estagnação da Europa e a perspectiva de normalização da política monetária nos EUA. “A América Latina não é alheia à corrupção e cada vez têm sido mais frequentes casos de corrupção envolvendo servidores públicos e privados de alto escalão”, acrescentou.

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