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Em live, Marcos Pontes chama corte em Orçamento de 2021 de “estrago”

Ministro da Ciência e Tecnologia disse neste sábado (24/4) não ser possível “ligar e desligar” pesquisas e falou em retardo na ciência

atualizado

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O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, chamou de “estrago” o corte no Orçamento de 2021 em sua pasta, conforme sanção do texto divulgada na última quinta-feira (22/4). Pontes disse não ser possível “ligar e desligar” pesquisas e antecipou possível retardo na ciência e tecnologia.

“Ontem foi um dia muito movimentado aqui em Brasília, foi a divulgação do Orçamento do governo 2021, com grande atraso, a gente já está em abril”, afirmou o ministro em live transmitida pelo Instagram.

“A gente já tem que começar a trabalhar na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem, para 2022. Então, a gente está aí num trabalho duplo, tanto trabalhando com o Orçamento do ano que vem quanto vendo o que a gente vai fazer a respeito do orçamento deste ano, com o estrago, vamos chamar assim. E, realmente, foi muito comprimido esse orçamento”, prosseguiu.

Através do veto presidencial, R$ 371 milhões da pasta foram cortados. Além desse montante, R$ 272 milhões foram bloqueados temporariamente. Neste caso, os recursos poderão ser liberados ao longo do ano, se houver arrecadação e espaço no teto de gastos, que limita o crescimento das despesas.

O ministro disse ainda que sua equipe está estudando o Orçamento da Ciência e Tecnologia e terá reuniões para verificar o cenário. Pontes disse que terá de discutir quais são os projetos que poderão ser continuados, quais ficarão em stand-by e quais precisarão ser cortados.

“É chato falar isso, mas é fato, porque tem certos tipos de projetos que, sem orçamento, tem um hiato e esse hiato mata o projeto”, disse. “Pesquisa não é uma coisa que dá pra ligar e desligar a chave assim, de uma hora para outra. Não existe isso, é uma coisa que tem que ter continuidade. Se você desliga a chave de certos tipos de pesquisas, simplesmente não tem como continuar, você tem um retardo aí de muitos anos”, afirmou.

Pontes disse conhecer da limitações orçamentárias das outras pastas, mas defendeu investimentos constantes e estáveis no setor, com visão de longo prazo, a exemplo do que fizeram países desenvolvidos.

“Recurso para ciência e tecnologia e para educação não é gasto. Pessoal do governo costuma falar muito em gasto, isso não é gasto, isso aí é investimento, que vai dar muito resultado para o país à medida que vai sendo construído tudo isso. Os resultados não são imediatos, obviamente”, pontuou.

Assista à íntegra da live:

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