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Dólar cai para R$ 3,8560 e tem maior queda semanal desde março de 2016

Operadores ressaltam que logo na abertura do mercado havia uma “fila de venda” de dólar na B3, com investidores desmontando posições

atualizado

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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1 de 1 dolar-1-840×577 - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

No último pregão antes do primeiro turno das eleições, o dólar teve nesta sexta-feira (5/10) novo dia de queda e acumulou desvalorização de 4,81% na semana. Essa foi a maior baixa semanal desde os primeiros sete dias de março de 2016, quando caiu 5,82%.

O crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas de intenção de voto animou os investidores e fez o câmbio no Brasil descolar, na semana, da maioria de outras moedas emergentes, que acabaram perdendo valor para a divisa americana nos últimos dias. O dólar subiu: 4,47% na África do Sul; 0,85% no México; e 0,90% na Turquia. Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana terminou o dia cotada à vista em R$ 3,8560 (-0,70%).

Operadores ressaltam que, logo na abertura do mercado nesta sexta-feira, havia uma “fila de venda” de dólar na B3, com investidores desmontando posições. O fator que estimulou a venda das moedas foi o crescimento de Bolsonaro na pesquisa do Datafolha divulgada na noite de quinta-feira (4), para 35% das intenções de voto.

Logo após a abertura, o dólar bateu a mínima do dia, de R$ 3,8411, com queda de 1,08%. Em seguida, a própria queda da moeda para esse nível atraiu compradores, principalmente importadores e tesourarias de bancos, provocando alta pontual. O dólar subia também influenciado por seu fortalecimento no exterior após a divulgação dos dados mensais de emprego dos Estados Unidos, que vieram mistos. Na máxima, o dólar chegou a R$ 3,8952 (+0,31%).

“Os eleitores vão para as urnas no domingo [7/10] para uma eleição crucial, que pode ter implicações significativas para a direção da política econômica do país”, afirma o economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos.

Entre as surpresas que podem ocorrer no domingo, ele destaca a vitória de Bolsonaro já no primeiro turno, considerando que o postulante vem crescendo nas pesquisas. Outra surpresa seria Haddad aparecer mais fraco, com menos de 20% das intenções de voto, ou ainda a votação de Ciro Gomes (PDT) ser maior do que as sondagens vêm apontando.

As cotações do câmbio no Brasil, segundo o modelo do grupo financeiro Nomura, apontam que, após o recente rali do mercado, o real já está precificando em 85% a probabilidade de um candidato pró-mercado, leia-se Bolsonaro, vencer as eleições, ante 70% na semana passada e 60% na anterior. “O momento parece estar do lado de Bolsonaro e esse efeito positivo afeta a probabilidade de vitória no primeiro turno”, afirma relatório enviado a clientes nesta sexta-feira.

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