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Cúpula dos banqueiros recebe discurso de Haddad com frieza, em SP

Fala de petista em evento é definida como “institucional”, mas ele está próximo de ser indicado como ministro da área econômica

atualizado

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A cúpula dos bancos brasileiros reagiu com frieza ao discurso do ministeriável Fernando Haddad, feito hoje, sexta-feira (25/11), em São Paulo, em evento que reuniu representantes das maiores instituição financeiras do país. Em conversas após o encontro, eles classificaram as declarações do petista como “institucionais”. “Enquanto não houver definições claras em áreas como gastos públicos e reformas, nada muda”, disse um desses executivos, que quis preservar o anonimato.

Logo no início da apresentação, Haddad afirmou que não iria expor suas opiniões, mas que falaria em nome do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. A seguir, tratou de temas como a reforma tributária, a melhoria da qualidade de gastos públicos, o pacto federativo e, entre outros assuntos, investimentos em áreas como ciência, tecnologia e educação.

“Foi isso o que faltou”, disse o presidente de um grande banco brasileiro, que pediu para não ter o nome citado.“Haddad não expôs suas ideias, mas reproduziu o discurso do presidente.” Ou seja, na prática, questões polêmicas como a PEC da Transição não foram abordadas.

Os bancos haviam convidado Lula para o almoço. Por estar se recuperando de uma cirurgia na garganta, o presidente eleito enviou Haddad. Para a plateia, foi mais um sinal fato de que ele será o próximo ministro da Economia.

O anúncio oficial, contudo, só deve ocorrer em duas semanas, a partir de 5 de dezembro. Nomes cogitados para o cargo dentro do PT, como o do senador Wellington Dias (PI), estão cada vez mais distantes da Esplanada dos Ministérios. Dias, por exemplo, é avaliado como uma liderança importante do partido para permanecer no Senado.

Se houve frieza na reação, o fato é que os banqueiros não esperavam um discurso diferente por parte de Haddad. Em relação aos temas expostos pelo petista, a abordagem foi considerada “adequada” pela maior parte dos presentes.

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