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CNA prevê alta de 3% no PIB da agropecuária em 2020

Entidade também estima que o valor bruto da produção crescerá 9,8%, atingindo R$ 669,7 bilhões

atualizado

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Carlos Alberto/Imprensa MG
Agropecuária
1 de 1 Agropecuária - Foto: Carlos Alberto/Imprensa MG

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, nesta quarta-feira (04/12/2019), estimativas para a atividade do setor no ano que vem, em relação a 2019, com previsão de alta de 9,8% no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBPA).

Se os números se confirmarem, o setor deve chegar a um faturamento de R$ 669,7 bilhões. No caso do PIB da atividade, a entidade trabalha com perspectiva de crescimento de 3%.

Segundo a CNA, a principal responsável pelo resultado do VBPA deve ser a pecuária — a previsão é de crescimento de 14,1%, atingindo R$ 265,8 bilhões. A maior expectativa de expansão envolve a carne bovina (22,2%), seguida pela suína (9,8%), pecuária de leite (7,5%) e frangos (7,1%).

No caso da agricultura, a CNA trabalha com a perspectiva de recuperação em 2020, após retração neste ano. A estimativa é de aumento de 7,2% no VBP, chegando a um faturamento de R$ 403 bilhões.

Na dianteira desse crescimento deve vir a soja, com alta de 14,1%, resultando em ganhos de R$ 165,2 bilhões. Em seguida, a expectativa é de que a produção e comércio de cana-de-açúcar cresça 7,1% e a do milho, 3,3%, ambos pela valorização de preços.

Os valores positivos, que se somam ainda à expectativa de maior financiamento privado e maior atuação da CNA no mercado internacional, podem ser impactados, contudo, por uma alta nos custos de produção que, de acordo com a entidade, pode impactar os ganhos dos produtores.

Preço da carne
Durante a coletiva, o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, também comentou a recente alta no preço da carne que, em Brasília, por exemplo, chegou a 25%, segundo dados do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas do DF (Sindigêneros).

Segundo ele, embora haja um grande impacto do aumento da demanda da China, que enfrenta uma epidemia de peste suína africana, soma-se a isso uma oferta reprimida e demanda em recuperação.

Além disso, aponta, houve estiagem prolongada, reduzindo a oferta de pasto. “Mas não vai faltar carne, era o estímulo que estava faltando para o produtor investir em tecnologia”, declarou.

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