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Câmbio para fim de 2017 cai de R$ 3,45 para R$ 3,40

O Relatório de Mercado Focus, mostra que a mediana para o IPCA – o índice oficial de inflação – este ano passou de 7,25% para 7,23%

atualizado

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Marcos Santos/USP Imagens
dólar contas gráficos
1 de 1 dólar contas gráficos - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (3/10), mostrou mudanças nas estimativas para o câmbio deste ano e do próximo ano. O documento divulgado pelo Banco Central indicou que a cotação da moeda estará em R$ 3,25 no encerramento de 2016, abaixo dos R$ 3,29 da projeção da semana anterior. Um mês atrás, estava em R$ 3,26. O câmbio médio de 2016 passou de R$ 3,45 para R$ 3,44 – um mês antes, estava em R$ 3,44.

Para o fim de 2017, a mediana para o câmbio caiu de R$ 3,45 para R$ 3,40 de uma divulgação para a outra, ante os R$ 3,45 de quatro semanas atrás. Já o câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,37 para R$ 3,36 – estava em R$ 3,38 um mês atrás.

Nas últimas semanas, o Banco Central seguiu com sua estratégia de leilões diários de swap cambial reverso, cujo efeito nas cotações é equivalente à compra de dólares no mercado futuro. Com isso, vem reduzindo gradativamente sua posição vendida em swaps cambiais tradicionais, hoje em torno de US$ 33 bilhões.

Inflação
os economistas do mercado financeiro reduziram levemente suas projeções para a inflação em 2016. O Relatório de Mercado Focus, mostra que a mediana para o IPCA – o índice oficial de inflação – este ano passou de 7,25% para 7,23%. Há um mês, estava em 7,34%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 5,07%. Há quatro semanas, apontava 5,12%.

No RTI, o BC atualizou suas projeções para a inflação e, pela primeira vez, estimou que o IPCA pode fechar 2017 abaixo de 4,5% (centro da meta de inflação perseguida). Conforme o RTI, a inflação pelo cenário de referência do BC, que considera a Selic (taxa básica de juros da economia) em 14,25% ao ano e câmbio a R$ 3,30, ficará em 7,3% em 2016, 4,4% em 2017 e 3,8% em 2018. Para boa parte do mercado financeiro, estas projeções indicam que o BC está perto de iniciar o ciclo de cortes da Selic.

No relatório Focus desta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano permaneceu em 7,30%. Para 2017, seguiu em 5,50%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 7,42% e 5,25%.

Já a inflação suavizada 12 meses a frente voltou a ceder, passando de 5,16% para 5,15% de uma semana para outra – há um mês, estava em 5,28%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para setembro passou de 0,26% para 0,24%. Um mês antes, estava em 0,36%. No caso de outubro, a previsão do Focus seguiu em 0,40%. Há quatro semanas, era de 0,42%. No RTI, o BC também apresentou suas estimativas mensais para o IPCA: 0,19% para setembro, 0,40% para outubro e 0,45% para novembro.

Outros índices
O Relatório Focus mostrou ainda que a mediana do IGP-DI de 2016 passou de 8,00% para 7,94% da última semana para esta. Há um mês, estava em 7,75%. Para o ano que vem, a mediana das previsões permaneceu em 5,50%, mesmo porcentual de quatro levantamentos atrás. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 8,17% para 8,01% nas projeções dos analistas para 2016. Quatro levantamentos antes estava em 8,23%. Para 2017, as previsões foram de 5,53% para 5,50% – um mês atrás estava em 5,57%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 caiu esta semana, de 7,21% para 7,07%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,22%. Para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo subiram de 4,92% para 5,12%, ante 5,26% de um mês antes.

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