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BC deve elevar juros para 6,25% nesta quarta, maior nível em dois anos

A expectativa é que o colegiado continue a subir a Selic nos próximos meses, até que atinja 8,25% ao ano, no fechamento de 2021

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
O Banco Central apresentou como será a cédula
1 de 1 O Banco Central apresentou como será a cédula - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), reúne-se nesta quarta-feira (22/9) para decidir se vai ou não elevar a taxa básica de juros (Selic). De acordo com previsões da maioria dos analistas do mercado financeiro, o colegiado deve aumentar a taxa de 5,25% para 6,25% ao ano. Se isso ocorrer, será o quinto aumento seguido em 2021, o que corresponde ao maior patamar desde julho de 2019.

A expectativa é que a Selic continue a subir nos próximos meses, até que atinja 8,25% ao ano, no fechamento de 2021. A decisão desta quarta-feira será anunciada após as 18h.

O instrumento é utilizado pelo Banco Central para conter a inflação. Normalmente, quando o aumento dos preços está em descontrole, o comitê eleva a taxa de juros. Dessa forma, o Copom consegue ancorar as expectativas.

“A Selic mais alta desestimula a economia pelo canal de crédito e de expectativa. Se um comerciante, por exemplo, não acredita que aquela alta é temporária, ele regula seus preços pensando nisso. Existe uma ancoragem das expectativas”, afirmou a chefe de Economia da Rico Investimentos, Rachel de Sá, ao Metrópoles. “O BC precisa passar uma mensagem forte para a população”, completou.

Para 2021, a meta central de inflação é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. O BC também já está de olho na meta de inflação de 2022 para definir os juros. No próximo ano, a meta é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

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