O Banco do Brasil anunciou que investirá na fintech de criptomoedas Bitfy, especializada em infraestrutura para operações com blockchain.
O valor do aporte não foi divulgado pelo banco. Será o primeiro realizado por meio do fundo BB Impacto ASG, sob gestão da VOX Capital.
Segundo o Banco do Brasil, “o investimento visa a otimizar as aplicações e sistemas internos da instituição, desenvolvendo soluções mais eficientes para democratizar o acesso a produtos financeiros, como pagamento e crédito, e não financeiros, como ativos agrícolas e carbono”.
Mais sobre o assunto
O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, afirmou que “a startup conecta um grande ecossistema financeiro que aumenta a capacidade em construir soluções em blockchain”, abrindo a possibilidade de atuação com criptoativos.
“O Banco do Brasil acredita que a tendência de ‘tokenização’ ampliará opções de investimento e adicionará fontes interessantes de financiamento para empresas”, diz Ribeiro. Segundo ele, o investimento na Bitfy é “estratégico”.
Fundada em 2017, a Bitfy conta, entre seus investidores, com Borderless Capital, Algorand Capital e Dash Investment Foundation, todos especializados no mercado blockchain.
Banco do Brasil teve lucro
Conforme noticiado pelo Metrópoles na quinta-feira (10/11), o Banco do Brasil bateu recorde, pelo sexto trimestre consecutivo, em seus resultados financeiros.
A instituição fechou o terceiro trimestre registrando um lucro líquido ajustado de R$ 8,36 bilhões.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 62,7%. Em relação ao trimestre anterior, a alta chegou a 7,1%.
O resultado veio acima das projeções do mercado, que apontavam para um lucro de pouco mais de R$ 7,3 bilhões no período (ante R$ 7,8 bilhões do segundo trimestre).
No acumulado de 2022 de janeiro a setembro, o lucro do Banco do Brasil também foi recorde: R$ 22,4 bilhões.
Crise no mercado cripto
O investimento do Banco do Brasil na Bitfy acontece em um momento de dificuldades para o mercado cripto. Nesta sexta-feira (11/11), a exchange de criptomoedas FTX entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos. O CEO e fundador da empresa, Sam Bankmand-Fried, renunciou ao cargo.
A falência da FTX já era esperada por investidores e analistas do mercado, principalmente depois de a Binance, maior concorrente na área, ter desistido da compra da corretora. Segundo a própria direção da FTX, seriam necessários US$ 8 bilhões em empréstimos para evitar a quebra da companhia.
