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Arrecadação federal tem a maior alta para o semestre em 2 anos: 0,77%

Entre janeiro e junho de 2017, o total angariado foi de R$ 648,58 bilhões, segundo dados divulgados pela Receita Federal

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Notas de dinheiro – Brasília(DF), 06/10/2015 cédula
1 de 1 Notas de dinheiro – Brasília(DF), 06/10/2015 cédula - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A arrecadação de impostos e contribuições federais ficou em R$ 104,1 bilhões em junho. O resultado representa um crescimento de 3% em relação ao mesmo período de 2016. Entre janeiro e junho deste ano, o total arrecadado foi de R$ 648,58 bilhões, o que significa um crescimento real de 0,77% na comparação com o mesmo período do ano passado. Desde 2015, foi o melhor resultado para os primeiros seis meses.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19/7), em Brasília, pela Receita Federal. Segundo técnicos do Fisco, esse crescimento é real, já descontando a inflação do período medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Se forem consideradas apenas as receitas administradas pela Receita Federal (excluídos outros órgãos), o valor arrecadado é de R$ 102,322 bilhões em junho, total 3,17% maior que o de maio de 2016, descontada a inflação.

No acumulado de ano, o valor arrecadado apenas pela Receita somou R$ 630,807 bilhões. Apesar de, em termos absolutos, esse resultado ser superior aos R$ 606 bilhões arrecadados entre janeiro e junho de 2016, se for considerada a inflação do período, o resultado fica negativo em 0,2%.

Indicadores
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, avaliou que a alta de 3% na arrecadação de junho em relação ao mesmo mês do ano passado veio em linha com a reação dos indicadores macroeconômicos no período.

“O desempenho positivo da produção industrial impactou bastante a arrecadação de junho, assim como as vendas de bens e a alta da massa salarial. Além disso, o valor em dólar das importações continua crescendo, com a melhora da demanda interna”, analisou Malaquias.

Ele destacou o crescimento — ante junho de 2016 — de 20,65% na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a alta de 2,79% nas receitas do PIS/Cofins. “Isso reflete o aquecimento do consumo e da atividade industrial, que tanto esperávamos. Ficamos bastante animados com o resultado de junho”, comemorou. “O que aconteceu até aqui foi bastante positivo e a perspectiva é satisfatória.”

Para o representante da Receita, a alta da arrecadação em junho desta vez não refletiu nenhum movimento atípico, mas, sim, a sinalização de melhores resultados nos meses à frente. Ele também destacou a receita previdenciária, que cresceu 1,24% no mês passado. “O crescimento do emprego ainda é pequeno, mas essa sinalização é positiva e deve ser tendência para os próximos meses”, projetou.

Setor financeiro
Claudemir Malaquias também destacou que a arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro ainda tem comportamento negativo. Em junho, houve uma queda de 16% nessas receitas em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo Malaquias, isso tem ocorrido desde o começo do ano porque o setor financeiro – que contribui pela estimativa mensal – projetou resultado maiores no ano passado, recolhendo mais imposto. Agora, os bancos estão ajustando seus pagamentos ao resultado efetivo realizado.

“Hoje o setor financeiro já está normalizando essa arrecadação. Só no final do ano poderemos fazer uma avaliação completa sobre o desempenho do setor”, afirmou.

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