Após negociações, Mercosul e UE fecham acordo de livre comércio

Anúncio foi feito nesta sexta-feira (28/06/2019) após reunião com representantes brasileiros em Bruxelas, na Bélgica

atualizado 28/06/2019 20:26

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Enviada especial a Osaka (Japão) – Após o governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciar que um acordo estava encaminhado, o Mercosul e a União Europeia (UE) finalizaram, nesta sexta-feira (28/06/2019), as negociações para o tratado entre os dois blocos comerciais. A informação foi divulgada em nota pelo Ministério da Economia.

Em reuniões realizadas nessa quinta (27/06/2019) e nesta sexta-feira (28/06/2019), ficou acertada a negociação da parte comercial do Acordo de Associação entre o Mercosul e a UE.

“O acordo é um marco histórico no relacionamento entre os blocos, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB

mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Em momento de tensões e incertezas no comércio internacional, a conclusão do tratado ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade”, informou o governo, por meio de nota.

Esse é o acordo mais amplo já negociado pelo Mercosul até agora e cobrirá temas tanto tarifários quanto regulatórios, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, entre outros. Com isso, produtos agrícolas terão tarifas eliminadas. “O tratado reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés”, adianta a nota.

“O acordo garantirá acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros. Em compras públicas, empresas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da UE, estimado em US$ 1,6 trilhão”, completa.

Para o governo, o tratado vai proporcionar um incremento de competitividade da economia brasileira e, assim, acesso a insumos de elevado teor tecnológico com preços mais baixos. “A redução de barreiras, a maior segurança jurídica e a transparência de regras irão facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, com geração de mais investimentos, emprego e renda”, diz em nota.

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