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Após 12 anos sem Censo, IBGE anuncia que estudo começa em 1º de agosto

A confirmação veio um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar o Orçamento 2022, que reserva R$ 2 bilhões para a coleta de dados

atualizado

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Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
funcionário do censo
1 de 1 funcionário do censo - Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (25/1), que a coleta de dados para o Censo 2022 vai começar no dia 1º de agosto. A data antes prevista era 1º de junho, mas precisou ser alterada em razão de uma troca na banca que realizará as contratações de pessoal.

A confirmação da pesquisa veio um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar o Orçamento 2022, que reserva R$ 2 bilhões para o Censo.

Já se passaram 12 anos sem a coleta dos dados, que deveria ter sido feita em 2020, mas foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. Em 2021 houve outro adiamento, por causa da falta de recursos para realizar o levantamento.

Além da contagem populacional, a pesquisa traz informações sobre condições de vida, emprego, renda, acesso a saneamento, saúde e escolaridade. As informações são utilizadas para o desenvolvimento de políticas públicas e investimentos do governo.

No ano passado, Bolsonaro reduziu de R$ 2 bilhões para R$ 53 milhões o valor destinado para o Censo, inviabilizando o estudo. A tesourada refletiu em críticas ao governo e à equipe econômica. Na época, o ministro Paulo Guedes (Economia) veio a público se defender.

“Não fomos nós que cortamos o Censo. Quando houve corte no Congresso, a explicação que nos foi dada é de que o isolamento social impediria que as pessoas fossem de casa em casa transmitir o vírus – porque é físico, os pesquisadores vão de casa em casa. Então, me pareceu que essa é uma explicação, vou me informar a respeito”, afirmou o titular da Economia a jornalistas, em abril.

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