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Amcham: para 60% dos empresários, reforma da Previdência sai do papel

Pesquisa conduzida pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) revela otimismo com as medidas econômicas do governo atual

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O setor privado brasileiro está confiante na aprovação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional ainda neste ano. Segundo levantamento da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), 63% dos empresários estão otimistas quanto o bom andamento das mudanças propostas pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) no Legislativo.

O dado está presente na pesquisa Plano de Voo Amcham: perspectivas e análises Brasil 2019, na qual foram ouvidos 550 presidentes e diretores de empresas brasileiras de todos os portes e segmentos. A maior parte do empresariado (61%) também revelou que a área econômica é a mais confiável da gestão Bolsonaro.

“O clima é de otimismo. Detectamos que os empresários brasileiros estão confiante na capacidade do governo de conduzir o comunicar os motivos da reforma e os efeitos que pretendem ser alcançados”, comenta Devorah Vieitas, CEO da Amcham Brasil. A Câmara Americana de Comércio reúne no Brasil 5 mil empresas, em 15 cidades, sendo 85% delas de origem brasileira.

O otimismo do setor privado é grande. Só 16% acham que a reforma ainda enfrentará certa resistência para ser aprovada, provavelmente não sendo aprovada até o fim do ano. E só 2% não acreditam que ela sairá em 2019.

Articulação com o Congresso
Para a reforma sair este ano, apontam os empresários, será necessário uma boa articulação com o Congresso Nacional. Para os executivos ouvidos, o governo deve manter a defesa e o debate da proposta, assumindo a condução da disputa sobre pontos com menores concessões, a exemplo dos militares e servidores públicos.

Segundo 30% dos empresários, um fator decisivo será o protagonismo do presidente Bolsonaro na discussão, direcionando seu capital popular para essa pauta e abrindo mão temporariamente de temas de grande popularidade. Outros 29% acham que é importante dialogar mais com o Congresso, com envolvimento de todas as lideranças partidárias.

Os primeiros 40 dias
Entre os pesquisados, 60% respondeu que os anúncios de medidas econômicas é positiva, com perspectivas de melhora da economia, geração de empregos e aumento de competitividade.  Pouco mais de um terço (36%) achou neutro, uma vez que não houve tempo ou marcos suficientes para avaliação da gestão. E 4% avaliaram o começo como negativo.

Além da Previdência, o governo terá algum folego para aprovar outras reformas. A que tem mais chances de acontecer, para 41%, é um ambicioso programa de privatização e prestação de serviços de infraestrutura. Em seguida, vêm a mudança do sistema tributário (15%), reforma administrativa e liberação comercial (com 13% cada), redução e racionalização dos subsídios concedidos da União, e autonomia do Banco Central (9% cada).

Baixa confiança
Por outro lado, o empresariado está pessimista em relação à atenção que o governo vai dedicar a algumas áreas importantes. 37% dos respondentes estão menos confiantes em medidas para as áreas social e cultural. Em seguida, vêm a área ambiental (24%), educação e saúde (23%) e relações exteriores (10%).

Das reformas com menos chance de acontecer nos próximos 4 anos, a mudança do sistema tributário foi a mais votada, com 37%. Também há baixa expectativa de reforma administrativa (19%), redução e racionalização dos subsídios concedidos da União (17%) e autonomia do Banco Central (15%).

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