Dono de clínica de reabilitação é preso por cárcere privado em Goiás
Polícia Civil informou que, durante diligência, também prendeu um interno que estava com mandado de prisão pendente de cumprimento
atualizado
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Goiânia – Um proprietário de clínica de reabilitação de dependentes químicos foi preso por suspeita de manter pessoas em cárcere privado, em Anápolis, a 55 km da capital goiana, na terça-feira (26/10). Testemunhas informaram à Polícia Civil de Goiás que muitos internos eram mantidos na unidade de forma involuntária, mesmo sem decisão judicial.
A polícia realizou diligências em uma clínica localizada no bairro Jardim Promissão. O nome dela não foi divulgado. No local, segundo a investigação, foi constatado que internos, de fato, eram mantidos no estabelecimento de maneira involuntária. Alguns deles foram levados à força para o estabelecimento por monitores da unidade.
O proprietário da clínica, que também não teve seu nome divulgado, foi preso em flagrante pelo crime de cárcere privado. Ainda durante a ação, policiais prenderam um interno que tinha um mandado de prisão aberto. Ele foi encaminhado à unidade prisional de Anápolis, onde ficará à disposição do Poder Judiciário. A polícia não informou o crime que ele praticou.
Interdição
Por causa das irregularidades sanitárias, o estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária. Os internos foram acolhidos pela assistência social do município e encaminhados para as suas famílias.
Em outra clínica, no Bairro Sítio de Recreio Americanos do Brasil, as equipes constataram que havia autorização para funcionamento e realização de internações de dependentes químicos, inclusive internações involuntárias.
A Vigilância Sanitária fez uma inspeção no local e verificou que as instalações eram adequadas e o local presta o tratamento adequado aos internos. O responsável pela clínica foi notificado pela Vigilância Sanitária apenas para adequação de algumas documentações junto ao órgão.
O Metrópoles não conseguiu identificar a defesa do proprietário da clínica em situação irregular e do interno que foi preso porque tinha mandado de prisão pendente de cumprimento, já que os nomes deles não foram divulgados.