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Dono de cão morto em voo da Latam fazia aniversário no dia da viagem

Giuliano Conde iria comemorar 29 anos quando recebeu a notícia da morte de Weiser: “Momento complicado”

atualizado

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Arquivo pessoal
Giuliano e seu cachorro
1 de 1 Giuliano e seu cachorro - Foto: Arquivo pessoal

Giuliano Conde não imaginava que o dia de seu aniversário se tornaria uma data tão triste. Na quinta-feira (14/10), Conde foi ao Aeroporto Internacional de Aracaju buscar Weiser, seu cachorro que vinha de São Paulo para Sergipe.

Em vez de reencontrar o melhor amigo, Giuliano foi chamado pela supervisão da Latam uma hora depois do pouso e recebeu a notícia de que Weiser havia falecido durante o voo. Segundo o dono, o cachorro passou pelo menos sete horas confinado em uma caixa de madeira.

Giuliano disse que o momento está sendo complicado, mas espera que o episódio sirva de exemplo para que não se repita mais. “As companhias aéreas tentam se omitir ao máximo sobre essas situações”, disse ao O Globo, afirmando que ainda não decidiu se tomará medidas judiciais contra a Latam.

Conte explicou que ainda não sabe o motivo da causa da morte do animal, que tem um prazo de 30 dias para sair. No entanto, em laudo obtido pela clínica veterinária que atendeu o cão, “ele teria roído o kennel de madeira em que estava e se asfixiou”.

Grávida, a noiva de Giuliano precisou ser “poupada” pela família para não sofrer com o estresse emocional que a notícia poderia causar. “Depois da morte, tive cuidado para contar para minha esposa, por causa da gravidez. Quando ela ficou sabendo, a pressão subiu, e estou tentando blindá-la desse estresse”, disse ele.

O que diz a Latam

A morte do cachorro de Giuliano, a segunda em menos de um mês, fez a Latam suspender por 30 dias esse serviço de transporte. “Diante deste cenário, a empresa decidiu neste momento suspender a venda para o transporte de pets no porão das aeronaves nos próximos 30 dias para o mercado brasileiro”, diz comunicado. A exceção é para o cliente que já adquiriu o serviço, podendo adiar sem custo ou optar pelo reembolso.

A companhia informou ainda que está “consternada com o ocorrido” e que “já vinha fazendo uma análise profunda de todos os procedimentos deste tipo de transporte, e neste lamentável evento cumpriu todos os processos de forma correta”.

A viagem com animais com os passageiros, na cabine da aeronave, segue normalmente. Para nestes casos, o bicho precisa estar em bom estado de saúde; ter atestado médico emitido por um veterinário até 10 dias antes do voo e mais alguns certificados, dependendo do destino; comportamento dócil; pelo menos oito semanas de vida, com exceção dos Estados Unidos, que aceitam animais apenas com quatro meses de idade; o animal não pode estar sedado; e deve estar em kennel que atenda as regras da empresa.

Outro caso

Não foi a primeira vez que isso aconteceu em um voo da empresa. Em setembro desse ano, a estudante carioca Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, perdeu seu cão de estimação em um voo da Latam. O animal morreu, segundo a dona, horas após chegar muito debilitado de um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro.

“Meu cachorro chegou ao Aeroporto do Galeão às 13h53 e só me entregaram ele 15h30. Deixaram ele no calor. Quando chegou pra mim, já estava quase morto. Eu e minha família estamos devastados”, escreveu Gabriela em uma postagem no Instagram com o objetivo de denunciar a empresa, que, segundo a estudante, nem mesmo deu esclarecimentos, apesar de ser procurada insistentemente.

Print do instagram que jovem que perdeu cachorrinho
Gabriela desabafou em seu perfil no Instagram sobre a perda de seu cachorrinho

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