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Documentário que ataca ação de Bolsonaro na pandemia estreia nesta 5ª

Filme “Eles poderiam estar vivos” conta com entrevistas com familiares das vítimas que morreram de Covid-19

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Bolsonaro segura caixa de hidroxicloroquina enquanto discursa. Ele é branco, usa terno e mostra a caixa de remédio numa das mãos enquanto fala ao microfone - Metrópoles
1 de 1 Presidente Bolsonaro segura caixa de hidroxicloroquina enquanto discursa. Ele é branco, usa terno e mostra a caixa de remédio numa das mãos enquanto fala ao microfone - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O documentário “Eles poderiam estar vivos”, que coloca Jair Bolsonaro (PL) como responsável pela maioria das 685 mil mortes por Covid no Brasil, estreia nesta quinta-feira (22/9). Os diretores, os irmãos Lucas e Gabriel Mesquita, farão três sessões simultâneas de lançamento, em Brasília, São Paulo e em Vancouver, no Canadá.

O filme aborda as mortes causadas pelo atraso na vacinação no Brasil. O foco dos irmãos foi contar a história das vítimas de uma forma pessoal, para além do número que elas representavam para os dados oficiais.

“A gente entrevistou os familiares das vítimas que morreram de Covid-19 para que eles pudessem contar quem foram essas pessoas, compartilharem suas memórias, e para que elas ficassem para a história para além de uma estatística”, contou o diretor Lucas Mesquita.

Além dos relatos dos familiares e amigos das vítimas da doença, os irmãos Mesquita ouviram especialistas. Entre eles estão Cláudio Maierovitch, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Luana Araújo, infectologista e consultora do hospital Albert Einstein; e Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

A autora do estudo que norteia o filme é a professora de Ética da Universidade de São Paulo (USP) Deisy Ventura. A professora relacionou o maior número de mortes entre pessoas pobres à defesa de Jair Bolsonaro da reabertura do comércio.

“O fato é que morre um trabalhador e logo tem outro para ocupar o seu lugar. Acho que essa é a singularidade do conservadorismo brasileiro. Essa é a essência: dizer que, se você morreu de Covid-19, além de tudo você é um fraco. Você não teve competência para se manter vivo. O presidente disse muitas vezes ‘o Estado não pode cuidar de todos'”, disse Ventura no filme.

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Lucas Mesquita contou que a parte mais difícil da criação do longa-metragem foi ouvir a história dos brasileiros mortos por Covid e perceber que, se o governo Bolsonaro tivesse se empenhado, “eles poderiam estar vivos”.

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