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Defesa Civil suspende buscas sob risco de rompimento de outra barragem

Duas comunidades ribeirinhas em Brumadinho foram atingidas. Uma equipe com reforços deve chegar ao local para ajudar na contenção

atualizado

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REPDOUÇÃO/CORPO DE BOMBEIROS
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1 de 1 mina8 - Foto: REPDOUÇÃO/CORPO DE BOMBEIROS

O risco de rompimento de uma segunda barragem de água levou a Defesa Civil a suspender as buscas e evacuar as áreas atingidas pela lama e duas comunidades ribeirinhas. A decisão foi tomada na madrugada deste sábado (26/1).

Agora, um reforço é esperado, de acordo com equipes de resgate que trabalharam no local. Elas vão atuar na contenção. Um grupamento do exército de Juiz de Fora (MG) também é aguardado e deve assumir a tarefa de retirada dos corpos por decisão do governo. Na região, fala-se em até 500 mortos.

A estimativa é de que mais de 1,5 mil pessoas tenham sido retiradas da área de risco. Na faculdade ASA de Brumadinho, definida como posto de comando, parentes de funcionários da Vale aguardam a divulgação das primeiras listas de mortos. Os corpos são levados para um edifício próximo à UPA de Brumadinho. Lá, estão também alguns dos feridos.

O vendedor Gledson Alves aguarda notícias do primo Ramon Jr. Pinto, que está desaparecido. Ele próprio também teve que sair de casa porque há risco de rejeitos descerem pelo Rio Paraopeba, que passa atrás da residência da família. Segundo ele, os rejeitos formaram uma barragem que impede a descida de água e mais lama, mas há risco de rompimento.

“A polícia passou de madrugada com ônibus e alto falantes pedindo para as pessoas saírem de casa, mas muita gente não quis sair”, conta. O desempregado Fernando Nunes Araujo, irmão de Peterson Ribeiro, também aguarda informações. O irmão, contratado de uma terceirizada da Vale, trabalhava justamente na área da represa. “Para piorar, a prefeitura criou uma barreira que não deixa ninguém chegar perto”, reclama. “Até para chegar no posto de atendimento está difícil”, diz.

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