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Covid-19: país tem 6,3 mil pacientes na fila por UTI, alerta Conass

Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde aponta que essa situação vai fazer o número de mortes diárias crescer muito rapidamente

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
profissional de saúde usa balão de ar manual para auxiliar paciente grave com covid-19 na respiração, em hospital de goiânia
1 de 1 profissional de saúde usa balão de ar manual para auxiliar paciente grave com covid-19 na respiração, em hospital de goiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Com o avanço da pandemia, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) apontou que até esta quinta-feira (25/3) cerca de 6.370 brasileiros com Covid-19 estavam à espera por um leito de UTI. As informações são do Jornal Nacional.

O dado chocante ainda mostra a situação em alguns estados, como o caso de São Paulo, são há 1.500 pessoas na fila. Em Minas Gerais, são quase 714 pessoas. No Rio de Janeiro, 582 e no Paraná, 501.

Ainda nesta quinta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve no Rio de Janeiro para assinar um termo de cessão dos leitos dos hospitais federais para o estado. O governador em exercício, Cláudio Castro, afirmou que serão 560 leitos federais regulados pelo estado. Parte será administrada pela Rede D’Or de hospitais particulares.

Já o Ministério da Saúde afirmou, sobre a super lotação das UTIs, que desde o começo da pandemia tem prestado apoio irrestrito aos estados, municípios e ao Distrito Federal. E que neste ano, a autorização de custeio permitiu a abertura de 12,2 mil leitos de UTI em todo o país – e que o pedido de autorização para o custeio desse leitos é feito pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.

Sobre as superlotações, o presidente do Conass, Carlos Lula, afirmou que a situação é dramática e representa um colapso no sistema.

Carlos Lula ainda disse que essa situação vai fazer o número de mortes diárias crescer muito rapidamente: “Hoje, mais de 6 mil pacientes esperando leito de UTI. Isso significa o colapso do sistema de saúde, isso significa que a gente chegou ao limite”.

“É imaginar que a gente não deve ter mais do que 20 mil pessoas internadas. Isso significa pelo menos um terço de pessoas, um terço do total de leitos disponíveis hoje, aguarda, fora de um leito de UTI, uma vaga para a unidade de terapia intensiva. Isso vai significar que a gente vai perder pacientes na fila de espera, que não vão ter chance de ter acesso a um leito de uti pra tentar salvar sua vida”, ressaltou.

“É a total negação de direitos nesse momento. É assim, é o estado dizendo: ‘olha, eu não tenho mais condição de te ajudar’. E a gente não pode admitir isso. É exatamente o contrário do que prega a Constituição, que diz que a saúde é um direito de todos e dever do Estado. É o dever que a gente não tá conseguindo cumprir nesse momento”, acrescentou.

Carlos Lula ainda fez um apelo: “A situação é urgente e ela exige medidas urgentes. A gente tem pelo menos 5 ou 6 pontos de, pra tomar decisões pra ontem, tanto em relação a oxigênio, tanto em relação a medicação, tanto em relação a compra de testes”.

Para ele, se o Ministério da Saúde não tomar medidas urgentes nas próximas horas, “a gente não vai estar mais falando nem de 3 mil mortos, a gente pode estar falando de 4 mil. É uma situação que piora a cada semana”.

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