Corpo achado em escombros é de Ricardo, vítima que quase foi resgatada

Informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), divulgadas na noite desta sexta-feira (4/5), confirmaram a identidade do corpo encontrado nesta tarde pelos bombeiros, nos escombros do prédio que desabou após incêndio no centro da capital paulista, em 1º de maio. Trata-se de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos.

 

O resgate da vítima foi impossibilitado por uma questão de segundos, de acordo com a corporação. Após entrar e sair várias vezes do edifício em chamas, a fim de auxiliar outros ocupantes a deixarem o local, ele já estava amarrado a equipamentos de segurança dos bombeiros quando o edifício colapsou e desabou. Ricardo desapareceu em meio às chamas e escombros. Segundo as autoridades paulistanas, ele teve morte imediata.

Em nota, a SSP-SP disse que a identificação foi possível após realização de exame com as impressões digitais, feito pelo Instituto Médico Legal (IML), nesta sexta. “Ele estava, com certeza, embaixo de pelo menos 10 lajes”, explicou o comandante da operação de resgate, o bombeiro Max Mena.

A localização do corpo ainda dependia de uma confirmação oficial de identidade, mas as tatuagens no corpo já indicavam que se tratava de Ricardo.

O corpo não está totalmente preservado. A cabeça da vítima ainda não foi localizada nem todos os membros. O corpo demonstrou dilacerações decorrentes da queda, mas não vi nenhum sinal de queimaduras

Mágino Alves Barbosa Filho, secretário de Segurança Pública de São Paulo

A localização ocorreu após cães farejadores terem indicado um provável local às equipes de busca e resgate, cujos trabalhos na cena do desabamento já dura mais de 96 horas.

Outras vítimas
Os bombeiros ainda buscam por Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e seus filhos gêmeos (Welder e Wender, de 9 anos), que estariam no 8° andar do prédio. Também entraram na lista oficial de desaparecidos mais duas pessoas: Eva Barbosa Silveira, de 42 anos, e Valmir Souza Santos, de 47.

No total, 49 pessoas não foram encontradas, mas não são consideradas oficialmente desaparecidas, já que não há confirmação de estarem no edifício de 24 andares no momento do incêndio.

Segundo a Polícia Civil, um curto-circuito em um barraco montado no 5º andar deu início ao incêndio. Os trabalhos de buscas por corpos e sobreviventes, bem como as apurações sobre causas e responsabilidades, prosseguem.