Coronel da PM é condenado a um ano e cinco meses por assediar soldado
Cássio Moraes recebeu a condenação após ser acusado por uma ex-soldado de seu batalhão, em São Paulo
atualizado
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Saiu, na última sexta-feira (9/10), a condenação do ex-tenente-coronel Cássio Novaes, acusado de assédio sexual e ameaças de morte e estupro contra a ex-soldado Jéssica Nascimento. A Justiça Militar de São Paulo o condenou a um ano e cinco meses de prisão.
A sentença, que foi obtida pelo G1, deve ser publicada ainda esta semana. Em entrevista ao portal, Jéssica afirma estar aliviada com o resultado, mesmo que ainda caiba recurso da defesa.
“Muitas pessoas diziam que não adiantava denunciar. Ele mesmo me ameaçava dizendo isso, que já tinha sido juiz militar, que tinha amigos desembargadores, na intenção de me fazer desistir da denúncia”, disse.
Entenda
Em Abril de 2021, a ex-soldado Jéssica Nascimento formalizou um ocorrência acusando o então tenente-coronel Cássio Novaes de assédio sexual. De acordo com a vítima, ela viveu “um inferno” de mais de três anos dentro da Polícia Militar.
A PM disse que o problema começou em 2018, quando entrou um novo tenente-coronel para chefiar o batalhão em que ela trabalhava, na zona sul da capital. A partir daí, a soldado, que é casada e mãe de dois filhos, passou a ser vítima de assédio.
Tenente coronel Cássio Novaes acusado de assédio sexual em SP 2
Pelo menos duas mulheres da corporação já denunciaram o tenente coronel Reprodução/ Redes Sociais
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O assédio do superior à então soldado Jéssica começaram em 2018 Reprodução/ Redes Sociais
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Segundo o Tribunal de Justiça Militar, ele é investigado por assédio sexual, ato libidinoso, ameaça e constrangimento contra outra policial militar Reprodução/ Redes Sociais
Tenente coronel Cássio Novaes acusado de assédio sexual em SP 1
Cássio Novaes, Tenente coronel da PM, é acusado de assédio sexual em SP Reprodução/ Redes Sociais
Após ter cortado as investidas do oficial para sair com ela, o superior passou a atrapalhar a vida da policial na corporação. A situação fez com que ela tirasse um período de licença sem direito ao salário e se mudasse da capital paulista para o litoral.
Jéssica resolveu denunciar e conseguiu ser transferida para Praia Grande (SP). Ainda assim, o desejo de trabalhar na PM acabou. “Eu perdi totalmente o tesão de continuar na polícia, estou estudando, me formando em farmácia, porque não tenho mais desejo de continuar. É muito machismo e abuso de poder”, disse, à época, ao jornal A Tribuna.
