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Coronavírus: com estoque “zerado”, governo quer produzir mais cloroquina

Ministério da Saúde já distribuiu 5,2 milhões de doses de cloroquina, mas informa que estados e municípios demandaram mais 1,6 milhão

atualizado

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HAL GATEWOOD/UNSPLASH
comprimidos em fundo azul
1 de 1 comprimidos em fundo azul - Foto: HAL GATEWOOD/UNSPLASH

Acabou a cloroquina nos estoques do Ministério da Saúde. Em audiência no Senado nessa quinta-feira (13/8), o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o medicamento, que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19, mas é adotado pelo governo brasileiro no tratamento, está em falta.

Nesta sexta (14/8), o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos da Pasta, Hélio Angotti, disse em entrevista coletiva que o país está “em processo de busca de aquisições de insumo farmacológico ativo. Estamos prospectando, buscando condições de compra. A demanda realmente veio”, afirmou.

O país já distribuiu 5,2 milhões de comprimidos de cloroquina a estados e municípios, conforme registrou o Metrópoles nesta sexta. Segundo Pazuello, porém, ainda há uma demanda de 1,6 milhão de comprimidos que o governo não consegue atender.

“Nosso estoque hoje, no Ministério da Saúde, é zero, é zero! Ponto. Não temos nem um comprimido para atender as demandas. Nós temos uma reserva de 300 mil itens apenas para deter a malária guardados, o que representa algo em torno de 20% do que eu preciso por ano para a malária”, disse o ministro interino a senadores.

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Cloroquina de Trump

Apesar de estar “zerado”, o Brasil tem nos estoques 2 milhões de comprimidos de cloroquina enviados pelos Estados Unidos. Mas a droga veio em cartelas de 100 unidades e o governo ainda não arrumou uma maneira de adaptar as embalagens para as quantidades permitidas no Brasil.

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