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Com isolamento em baixa, 767 pacientes aguardam leito de UTI em SP

Desde o início do mês, ao menos 100 pessoas com Covid-19 morreram aguardando vaga em UTIs no estado

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
aglomeração estação da luz são paulo 2
1 de 1 aglomeração estação da luz são paulo 2 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Após uma semana de fase emergencial, a taxa de isolamento no estado de São Paulo segue estacionada em 43% durante a semana e 51% no domingo. Com o índice muito abaixo no ideal, que seria de 70%, o estado registrou, nesta terça-feira (23/3), novo recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas: 1.021 pessoas, um óbito a cada quatro minutos.

A fila de pacientes com a doença que precisam de cuidados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) também se prolonga. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, cerca de 767 pessoas aguardavam um leito na Grande São Paulo.

Com a taxa de ocupação nas alturas —no estado é de 92%; na Grande São Paulo, 91,6%—, um outro número trágico: desde o início do mês, ao menos 100 pessoas morreram na fila de espera.

Restrições

O governo tem evitado implantar restrições mais severas e defende que medidas adotadas nesta fase emergencial em São Paulo “equivalem a um lockdown”. Mas a circulação dos paulistanos está abaixo dos maiores picos de isolamento social, todos registrados nos fins de semana de abril de 2020, quando a média chegou a 59%.

A taxa de isolamento é calculada pelo governo por meio dos dados de circulação de telefones celulares, cedidos pelas principais companhias telefônicas. Deslocamentos maiores que uma distância de 200 metros são interpretados como uma saída de casa.

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