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Cofen critica fala de atriz sobre enfermeiras: “Preconceito”

Atriz Daniela Escobar disse que enfermeiras se produzem para “catar médicos e casar”, durante participação em podcast

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1 de 1 fot de daniela escobar - Foto: Instagram/Reprodução

Após a fala polêmica da atriz Daniela Escobar – que, durante entrevista no podcast de Sérgio Mallandro e Luiz França, afirmou que enfermeiras se produzem para “catar médicos“ –, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) repudiou a declaração. Ao participar do Papagaio Falante, a ex-Global disse que as profissionais vão maquiadas e com unhas feitas para o trabalho, com o objetivo de seduzir médicos.

“O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) repudia veementemente falas como a da atriz Daniela Escobar, que insistem em sexualizar a categoria da Enfermagem”, informou o Cofen em nota.

Veja o trecho abaixo:

 

Desrespeito à categoria

De acordo com o Cofen, “a fala dessas celebridades desrespeita a categoria e desconsidera sua missão de cuidar de pacientes, deturpando, ainda, a relação que possuem com seus colegas médicos. O Cofen defende que manifestações desse tipo corroboram o desrespeito que essas profissionais vivem diariamente, expostas a violência de gênero, preconceito de classe e machismo nos serviços de Saúde”.

“Não há mais espaço na sociedade para a sexualização e estigmatização da Enfermagem e não admitimos que seja reforçado o preconceito infundado contra a maior força profissional da Saúde”, diz a nota.

Ainda segundo o órgão, a legislação vigente no Brasil não recomenda que os profissionais da enfermagem façam uso de adornos como anéis, pulseiras, relógios, colares, brincos e piercings, entre outros. Por fim, o Cofen informou que tomará as medidas legais cabíveis contra as declarações públicas e pedirá direito de resposta no podcast em que as declarações foram veiculadas.

Revolta

A frase despertou críticas entre profissionais de saúde, e o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) também publicou nota exigindo retratação. Para a instituição, o discurso reproduz machismo e misoginia.

“Essa declaração ultrajante, repugnante e criminosa requer uma retratação urgente por parte da agressora”, rebateu o Coren-DF.

Segundo o conselho, a categoria da enfermagem não admite esse tipo de desrespeito e vai exigir desculpas. “As profissionais de Enfermagem têm liberdade para se arrumar, se produzir e usar o estilo que desejarem para ser feliz, trabalhar e viver plenamente as experiências pessoais e profissionais que quiserem”, completou.

O Coren-DF ainda lembrou que, em 1950, as atrizes eram massacradas pela sociedade, simplesmente por exercerem a sua profissão. “Agressores faziam insinuações sexuais sobre as artistas sem qualquer fundamento para atacar as mulheres que trabalhavam. O tempo passou e a realidade mudou: hoje, depois de muita luta das mulheres, elas podem votar, trabalhar e viver a vida como desejam”, concluiu.

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